27.9.08


Até quando é para sempre?

Parece um tanto drástico não? Um toque de pessimismo apaixonado... Mas não, não é isso não, talvez um pouco disso, mas com algo escondido no fundo...

É o não saber, é o já não conseguir correr mais mesmo se eu quisesse, não quero, as vezes os pés colam no chão, já disse isso, ficam ali, sem saber bem como agir, estática.

E é a saudade constante, mesmo estando presente, é o não querer nem dizer nem: até já.

São as palavras que trocamos que ficam ecoando sem parar, é o sorriso constante que fica marcado no rosto, o coração bate acelerado, as vezes por lembrar, outras por puro e simples medo, esse ainda não me abandonou...

Mas já não posso mais correr...

E as vezes é num futuro incerto em que se encontra meu pensamento, paro, não posso, que um eternamente isso, mesmo entendendo que como dizia Vinícius: "...que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."

Hmmm, não, não quero que seja chama, se for, quem sabe um pira olímpica que não se apaga!!! É possível não é? Me diga que é, pelo menos acho que é no que acreditamos.

Vou contar um segredo, mas fica aqui entre nós, só me resta um pé no chão, ainda cravado, mas é só um...

Existiam inúmeros muros de proteção, torres de observação, o coração era um belo forte, muito bem guardado por soldados de um passado nem tão distânte assim, e você foi assim, de mansinho, passando por tudo, sem que nada nem ninguém pudesse impedir... de verdade, agora falta tão pouco...

E imagino, que provavelmente, quando bater na porta do coração, tudo já estará um tanto escancarado, só esperando, mais uma vez, você entrar.

23.9.08


Andando nas nuvens com os pés no chão!

Impossível? Impossible is nothing...

Mas como é que pode não é? Só sei que pode, só sei que é assim que sinto, nas nuvens, com os pés ainda atados ao chão, é só o tempo mesmo pra me abrir os olhos, olha que esse tempo mesmo meio doido têm feito um excelente trabalho, olhos abertos, ouvidos atentos e coração pulsando, dias mais, dias menos, pulsando, dançando conforme esse música que toca, surda e muda.

Me deixando levar, um passo por vez, passos lentos, dias querendo correr no tempo, querendo ver lá dentro o que o futuro me reserva, ah mentira, não quero ver não, quero ver o cada dia, quero sentir a cada instante, e indo assim, como o fogo, queimando por dentro, ardendo por fora, de verdade?

Não queria que fosse fogo não, o fogo consome rápido demais, se extingue, quero mais disso tudo, quero todo dia, por muito e muito dias.

Já se foi um tempo, agora é um novo tempo, e esse tempo eu não quero ver passar, tá bom, tá gostoso assim...

Olhos nos olhos, sorrisos, pensamentos, coisas que nem ouso dizer, não, ainda não, ainda não porque os pés ainda estão atados, amarrados, presos ao chão.

Caminhando nas nuvens, com os pés colados no chão.

17.9.08


Promessas, promessas...

É o tempo que eu devo dar ao tempo, para que o tempo me dê tudo o que só o tempo pode me dar!

Tenho tentado ser paciente, tem dias que viram meses, semanas então parecem anos...

Estou indo, pé ante pé, tá, tem dias que volto um ou dois passos. As vezes os pés voltam ao começo, lá atrás, como se invés de dois fossem quatro para trás, eu me forço, eu tento, cada milímetro é uma luta... ainda mais quando está longe, quando perto eu tranquilizo, flutuo um tanto, mas a porta fecha, os pés voltam, malditos pés desconfiados!

Estou dando tempo ao tempo, e sei que o tempo, só pode me trazer tempos bons, afinal, andamos brigando no passado, mas agora acho que estamos nos entendendo, o tempo e eu, e vamos indo, indo e voltando, contando os segundos, desse relógio sem ponteiro.

14.9.08

PésNaÁgua


As folhas que contam a história de um passado que eu julgava ter enterrado ainda não amarelaram, e relendo palavras que foram vomitadas em todo tipo de papel com canetas das mais diversas cores pulavam em meus olhos e assustaram o coração...

Tantas cartas falando de um possível reencontro... tantas cartas falando de mais um adeus e eu talvez não queira dizer adeus novamente!

Ficou tudo meio embaçado e larguei tudo de lado, não li, não quis, me deu medo, um arrepio na espinha...

Dessa vez, gozado, o gato assustado sou eu, antes eu dizia ser você, veja só como se invertem os papéis...

Estou pondo os pés na água.

10.9.08


Gato escaldado, tem medo de água fria.

Ah mas que ele põe uma patinha na água, ele põe....

8.9.08

EncrencadoLáDentroDoCoração

Tá, estou sentada aqui já faz meia-hora, o post não sai, fica encrencado na garganta, não forma palavras, e nada tá saindo direito, então, vou fazer o que deveria ter feito desde o início, vou postar um poema, escrito por um jovem que se foi cedo demais, não vou postar o nome dele, pois não acho ético, enfim, é só pra dizer que é quando menos esperamos que a vida nos dá um tapa desses bem no meio da cara, e mesmo as vezes não sendo tão presente, não estando tão perto como outros puderam estar, sua ausência afetou minha vida, me fez rever mil coisas e pensar em tantas outras novas, me faz sentir estranha e além. E não faz sentido mesmo, porque não tá fazendo sentido aqui dentro...

"Posso te falar da dor,
dor do amor;
Posso te dizer onde,
onde sinto essa dor;
E o beijo que roubei de você,
como me diz que não o tem?
E o coração que você acertou,
Como me diz que errou?

Hoje a concernente saudade
imposta pelo tempo
já me retém...

Eu ainda me lembro
das tardes na praia e
das noites em frente à TV.;

como me diz que um beijo não é seu,
se eu roubei para você?"
S.A.F.

1.9.08


Porque olhares valem mais que promessas;

Porque atitudes valem mais que palavras;

Porque é de instantes que o agora é feito;

Porque de futuro não se constrói uma vida;

Porque o passado já faz parte;

É no instante presente, cada segundo, único e talvez último que podemos viver...