Canalha, covarde, mentiroso, ator, cínico, mentiu, com toda pompa e máscara, mentiu, espero que o jogo tenha sido bom, que tenha se divertido, foi bom para você, se divertiu? Trepou com a garota gostosa do bar? Fugiu um pouco de sua própria mesmice? Me fez voltar, acreditar em algo que nunca existiu, me tirou do eixo, está feliz agora? Mais realizado? Ator! Espero que esteja feliz, não me conhece, voarei longe, longe, voarei, tentei te mostrar a vida, apresentar felicidade, não quis fingir, espero que tenha sido bom, no fundo, já sabia, te disse, te disse que sabia, você negou, se lembra? Eu me lembro, burra romântica que fui, acreditei sem querer acreditar, me pediu para olhar nos teus olhos e crer, burra, senti e vivi, e te digo mais, muito mais do que não disse, amei, mas foda-se, porque você não merece, nunca mereceu, nem nada do que foi para mim, você não mereceu, é covarde demais, cego demais, cínico demais.
Vá, vá e seja feliz em sua mesmice, em seu grande amor, como se eu acreditasse em tais palavras, pois não acredito mais em nem teus olhos, cínico, ator, burro, não sabe o que é, mas eu fiz o que deveria ter feito por você, mesmo supondo as consequências, burra eu, por saber levar, mas tudo bem, me supero, foda-se, foi, acabou, foram duas boas gozadas, era só isso que você queria, que bom, conseguiu.
Pena ser assim, acreditei, problema meu, dor minha, não é assim? Covarde, mentiroso, cuzão, é, é, é sim, pois disse o que não sentia, olhou como devia, com teus olhos mentirosos, com desejos que nunca teve, com lágrimas que nunca realmente chorou, mentiroso, meticuloso, calculista, cretino, vá, e viva sua triste vida.
Covarde, me fez crer, acreditar, num castelo de areia que o mar já levou, daqui, meu querido, não restará carvão algum, foi fogo de palha, e da palha, quando queimada, não resta nada, nem história, nem pó, nem nada, apenas isso, o saber do ser covarde, nunca o fui, ainda o és, talvez sempre sejas, o sentimento da enganação.
Foda-se, pois já vivi demais para sofrer por canalhas, por ordinários, e quer saber, sim, a definição de canalha, de sua própria boca: filho-da-puta, é isso, deveria ter sido apenas um chinfrim, mas não, foi o que realmente és, um ordinário, canalha, covarde, faz-se crer no que bem queira, nesse seu amor que muda de lugar quando no lugar comum, fingido, cretino, leia bem, pois não leras mais palavra alguma de mim, fingido fuja, corra para tudo o que acredita em tuas belas mentiras.
Mentes para si mesmo, não é problema meu, nunca foi, até o momento em que resolvi acreditar, fingido, falasse a verdade, ainda seria a mesma que fui nesses dias, falasse, fosse honesto, nunca foi, não me digas que acreditei no que quis, pois acreditei em tuas pelavas, em teus olhos mentirosos, em lágrimas falsas, engoli o salgado de teus olhos, antes fossem doces, mas eram salgados, problema meu, vivi, sozinha, pois se como me dizes, estavas confuso, sim, foi sozinha, problema meu, mas voarei, como sempre o fiz, sem dar satisfações.
Cartesiano de merda, quer da vida o que lhe é mais fácil de lidar, o que sabes que pode controlar, teve um pássaro nas mãos, preferiu a sombra de algo que não o incomode, sem sabor, sim é sem sabor, sem paladar algum, não diga que não sei do que falo, pois sei, cartesiano de merda, quer tudo em seu devido lugar, passará pela vida sem tê-la vivido realmente, problema seu, vida sua.
Leia bem estas palavras e lembre de meus olhos, pois estes nesta noite, derramaram lágrimas que nunca verás, nesta noite, nesta mesma noite, estes olhos esquecerão dos teus, olhos cheios de mentiras e máscaras, esqueças todos os confetes, foram feitos à pessoa errada, pensei, refleti, senti, tudo nem tão errado assim, poderia ser mais, cartesiano de merda, será, em pouco tempo, realmente um chinfrim, mas não penses que não levarei algo de bom de tudo isso, levarei a certeza de que existe algo, não em você, mas em mim, mais forte do que tudo isso que estupidamente chamei de amor, fiz planos, acreditei, tenha a certeza que desta sairei mais forte, pois sairei, tão rápido quanto um pássaro no outono.
Não guardo, um adeus saudoso, uma memória de algo realmente vivido, foi pura encenação, tua, um belo espetáculo, merecias não apenas a palma de ouro, mas que saber um oscar, ou qualquer coisa que o valha, fui uma peça, na qual fui mera coadjuvante, poderia ter sido mais, mas no palco de mentiras, reinarás sozinho, num monólogo, mas não se preocupe, meu belo ordinário, ainda restarão almas neste mundo que acreditem em tuas mentiras, eu própria me enganei, quando olhando em teus olhos, mas sabendo de tuas mentiras quando longe, mas sou caso à parte, pelo que dizes, vim do mesmo planeta que você, então, era de se esperar que o conhecesse melhor que qualquer outro, não é mesmo?
Te trouxe ao meu mundo, disse que queria, mais, entretanto, não conseguiria segurar a barra de algo novo, de algo intenso, sem metas, sem planos, algo, realmente vivido, não tem culhão, não poderia encarar, não tem coragem , sim, é um cartesiano de merda, com mil defeitos, assim como eu, mas que não sabes aceitar e superar, é, e será sempre, um cartesiano de merda, sua empolgação pelo novo passou, não me fale em amor, não acredito em tuas belas palavras, são apenas retratos do que deveria ser mas não és, pena, tinha tudo para ser, viva, te peço que viva, pena não saber viver...
Vá, para bem longe, seja feliz, em tuas escolhas, não é triste nem saudoso esse adeus, pois não se diz adeus ao que nunca teve.
2 comentários:
Se pelo menos todas as tuas ofensas lhe confortam, fico feliz. Neste caso é mais fácil e mais honroso acreditar que somente a sua verdade é verdadeira. Você me reduziu a merda me interpretando à sua maneira, mas sob o seu ponto de vista, compreendo. Só não compreendes e nem vais compreender o meu. Mas, compreendendo o seu, não espero isto de ti. Pode me chamar do que for, mas tenho a consciência limpa de que vivi o que deveria ter vivido, na verdade de cada momento, na verdade do agora, você acreditando ou não, vivi... e tive minha certeza enfim. Te desejo tudo que há de melhor, do fundo do coração. Tenha um bom vôo.
Caraca! Que dó.
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