3.12.08


Cada dia um pouco mais disso tudo que só sorrir me faz (aí que versinho mais chinfrim) mas tudo bem, nem ligo, falo mesmo com a voz melada, açucarada dos beijos roubados, beijos pedidos, beijos dados, suados, molhados. Beijos, beijo de tudo que é jeito, de tudo que é tamanho, de tudo que é tempo, tantos beijos dos nossos beijos, sim sim, nossos beijos, porque apesar de muito beijos, são só nossos os beijos, desse monte de jeito que só a gente sabe fazer...

Ah, mas tem mais que beijo, tem risadas, tem as nossas bobagens, o nosso jeitinho, é mais que tudo isso, são os momentos que saem faíscas, as pequenas brigas, que parecem um turbilhão, mas só porque queremos mais tempo, muito mais tempo, e cada minuto é preciosamente guardado, usado para mais uma carinho, mais um rápido beijinho ou até uma palavrinha sussurrada ao pé do ouvido.

Ah, essas palavrinhas sussurradas ao pé do ouvido, se transformam num arrepio, que vai vindo desde o dedo de pé até chegar na nuca, se transforma num suspiro longo, num fechar leve de olhos e um sorriso de canto de boca, esse sussurro que abre os lábios, vira um beijo, um aperto na nuca, um puxão de cabelo, ah esse sussurro...

Tem mais disso tudo também, tem os passeios de mãos dadas, os sorrisos com a boca fechada, os olhos que se fitam e traduzem um montão de palavras, tem, tem tanta coisa, tem você na minha vida, tem essa nossa história que eu acho tão bonita. Acho mesmo!

E agora cá estou eu, aqui lembrando os instantes, tentando traduzir em linhas, mas no fundo pra quê? Isso é tão só nosso que nem sei se quero dividir, no fundo mesmo só quero dizer que te amo, que ainda bem que atravessei aquele salão com o coração na mão, prendendo o ar nos pulmões com medo de faltar, ainda bem que cruzaram os olhos, ainda bem que já não éramos mais os mesmos, ainda bem que uma sementinha que foi plantada lá atrás germinou, ainda bem que esse tempo todo passou, ainda bem que é você, que sou eu e que agora nós dois, queremos o nós, queremos o nosso, no fundo é só pra te dizer que você me faz feliz, é só pra dizer que é ... de verdade


7.11.08

Cotidiano


Todas as manhãs o porteiro aqui do prédio coloca o jornal para mim no elevador, vou lendo assim devagarinho, tomando café, alguns dias comentando notícias, normal, fazemos isso não?

Acontece que nesta manhã fui tomada por um novo sentimento, lendo o caderno Cotidiano, me pareceu um tanto absurdo que todas as manhãs eu leio no caderno Cotidiano notícias como: "Corpo de criança de 9 anos é encontrado dentro de mala.", "Psicóloga é assassinada na Vila Madalena", "Já dura 100 horas o sequestro de Eloá", "Adolescente é queimado por militares."... quantas outras desgraças que já me esqueci das chamadas...

Não, Ok, que é notícia, temos que saber sim que o mundo lá fora está cada vez mais doido e violento, temos SIM que ler isso todas as manhãs para poder tentar ao menos mudar as crianças que ensinamos, mas ler essas notícias em um caderno que se chama "Cotidiano" dói na alma, não dói não?

Sinto que todos nós já nos habituamos a todas as barbaridades do dia-a-dia... é, no fundo, faz mesmo parte do nosso cotidiano, que grande porcaria de cidade, país, mundo em que nós vivemos.

Tô chovendo no molhado? Tô né?!

Acho que nos últimos tempos me falta um pouquinho da esperança que voou da caixa de Pandora, vocês se lembram? Sim, ela soltou todos os males do mundo, junto com eles saiu também da caixa um pássaro, chamado Esperança, ou será que ela fechou ele na caixa?

Meu pássaro da esperança está voando alto ultimamente, meio sozinho, abandonado.

Eu não sei quanto ao seu cotidiano, mas sei que o meu, poderia ser um tantinho diferente!



Ele disse: Who Knows...


Acho que no fundo, eu já sabia


Ele disse: Who Knows


Acho que no fundo, ele já sabia


Agora nos dois sabemos, é agora, é presente, é intenso, é com intenção...


E é pouco tempo


Mas parece tanto...


É por muito tempo


Mas parece pouco


E é de verdade


Mesmo aos olhos alheios parecendo mentira


NEM LIGO


Porque é nosso


Porque somos nós


E mais nada importa!


E nos nossos olhos


Reflexos daquilo que queremos


Silêncio


Nem precisa de palavras


São os olhos


Um nos olhos do outro...


É nosso


Ele disse: Who Knows


Ninguém, ninguém mais precisa saber


Só nós, segredos guardados


Sussurrados


No silêncio do quarto


Só nós...


We Know!

16.10.08


Ele disse que me ama

E nada mais depois disso pode importar

SIM, ele me ama

Sussurrou no meu ouvido

ELE ME AMA!!!!

Disse de novo,

olhou nos meus olhos,

"É isso mesmo, eu amo você"

Não sei se meus olhos brilharam...

Não sei se meus lábios sorriram

Tudo parou por alguns milésimos de segundo!

Ele me ama

E depois disso,

nada mais importa

É a nossa história

Temos todo tempo

Por que....bem, porque eu o amo também

E agora nada mais importa!

14.10.08


O tempo tá maluco
Eu já não quero mais sem ele
Já não sinto mais...só ele
E é dele, tudo o que quiser levar
Esse tempo tá doido mesmo
Nem bem passou o tempo
E parece que o tempo já passou demais
Parece que já foi muito
E é assim mesmo
Só o começo
De um monte de tempo maluco
Doidos...um pelo outro!

27.9.08


Até quando é para sempre?

Parece um tanto drástico não? Um toque de pessimismo apaixonado... Mas não, não é isso não, talvez um pouco disso, mas com algo escondido no fundo...

É o não saber, é o já não conseguir correr mais mesmo se eu quisesse, não quero, as vezes os pés colam no chão, já disse isso, ficam ali, sem saber bem como agir, estática.

E é a saudade constante, mesmo estando presente, é o não querer nem dizer nem: até já.

São as palavras que trocamos que ficam ecoando sem parar, é o sorriso constante que fica marcado no rosto, o coração bate acelerado, as vezes por lembrar, outras por puro e simples medo, esse ainda não me abandonou...

Mas já não posso mais correr...

E as vezes é num futuro incerto em que se encontra meu pensamento, paro, não posso, que um eternamente isso, mesmo entendendo que como dizia Vinícius: "...que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."

Hmmm, não, não quero que seja chama, se for, quem sabe um pira olímpica que não se apaga!!! É possível não é? Me diga que é, pelo menos acho que é no que acreditamos.

Vou contar um segredo, mas fica aqui entre nós, só me resta um pé no chão, ainda cravado, mas é só um...

Existiam inúmeros muros de proteção, torres de observação, o coração era um belo forte, muito bem guardado por soldados de um passado nem tão distânte assim, e você foi assim, de mansinho, passando por tudo, sem que nada nem ninguém pudesse impedir... de verdade, agora falta tão pouco...

E imagino, que provavelmente, quando bater na porta do coração, tudo já estará um tanto escancarado, só esperando, mais uma vez, você entrar.

23.9.08


Andando nas nuvens com os pés no chão!

Impossível? Impossible is nothing...

Mas como é que pode não é? Só sei que pode, só sei que é assim que sinto, nas nuvens, com os pés ainda atados ao chão, é só o tempo mesmo pra me abrir os olhos, olha que esse tempo mesmo meio doido têm feito um excelente trabalho, olhos abertos, ouvidos atentos e coração pulsando, dias mais, dias menos, pulsando, dançando conforme esse música que toca, surda e muda.

Me deixando levar, um passo por vez, passos lentos, dias querendo correr no tempo, querendo ver lá dentro o que o futuro me reserva, ah mentira, não quero ver não, quero ver o cada dia, quero sentir a cada instante, e indo assim, como o fogo, queimando por dentro, ardendo por fora, de verdade?

Não queria que fosse fogo não, o fogo consome rápido demais, se extingue, quero mais disso tudo, quero todo dia, por muito e muito dias.

Já se foi um tempo, agora é um novo tempo, e esse tempo eu não quero ver passar, tá bom, tá gostoso assim...

Olhos nos olhos, sorrisos, pensamentos, coisas que nem ouso dizer, não, ainda não, ainda não porque os pés ainda estão atados, amarrados, presos ao chão.

Caminhando nas nuvens, com os pés colados no chão.

17.9.08


Promessas, promessas...

É o tempo que eu devo dar ao tempo, para que o tempo me dê tudo o que só o tempo pode me dar!

Tenho tentado ser paciente, tem dias que viram meses, semanas então parecem anos...

Estou indo, pé ante pé, tá, tem dias que volto um ou dois passos. As vezes os pés voltam ao começo, lá atrás, como se invés de dois fossem quatro para trás, eu me forço, eu tento, cada milímetro é uma luta... ainda mais quando está longe, quando perto eu tranquilizo, flutuo um tanto, mas a porta fecha, os pés voltam, malditos pés desconfiados!

Estou dando tempo ao tempo, e sei que o tempo, só pode me trazer tempos bons, afinal, andamos brigando no passado, mas agora acho que estamos nos entendendo, o tempo e eu, e vamos indo, indo e voltando, contando os segundos, desse relógio sem ponteiro.

14.9.08

PésNaÁgua


As folhas que contam a história de um passado que eu julgava ter enterrado ainda não amarelaram, e relendo palavras que foram vomitadas em todo tipo de papel com canetas das mais diversas cores pulavam em meus olhos e assustaram o coração...

Tantas cartas falando de um possível reencontro... tantas cartas falando de mais um adeus e eu talvez não queira dizer adeus novamente!

Ficou tudo meio embaçado e larguei tudo de lado, não li, não quis, me deu medo, um arrepio na espinha...

Dessa vez, gozado, o gato assustado sou eu, antes eu dizia ser você, veja só como se invertem os papéis...

Estou pondo os pés na água.

10.9.08


Gato escaldado, tem medo de água fria.

Ah mas que ele põe uma patinha na água, ele põe....

8.9.08

EncrencadoLáDentroDoCoração

Tá, estou sentada aqui já faz meia-hora, o post não sai, fica encrencado na garganta, não forma palavras, e nada tá saindo direito, então, vou fazer o que deveria ter feito desde o início, vou postar um poema, escrito por um jovem que se foi cedo demais, não vou postar o nome dele, pois não acho ético, enfim, é só pra dizer que é quando menos esperamos que a vida nos dá um tapa desses bem no meio da cara, e mesmo as vezes não sendo tão presente, não estando tão perto como outros puderam estar, sua ausência afetou minha vida, me fez rever mil coisas e pensar em tantas outras novas, me faz sentir estranha e além. E não faz sentido mesmo, porque não tá fazendo sentido aqui dentro...

"Posso te falar da dor,
dor do amor;
Posso te dizer onde,
onde sinto essa dor;
E o beijo que roubei de você,
como me diz que não o tem?
E o coração que você acertou,
Como me diz que errou?

Hoje a concernente saudade
imposta pelo tempo
já me retém...

Eu ainda me lembro
das tardes na praia e
das noites em frente à TV.;

como me diz que um beijo não é seu,
se eu roubei para você?"
S.A.F.

1.9.08


Porque olhares valem mais que promessas;

Porque atitudes valem mais que palavras;

Porque é de instantes que o agora é feito;

Porque de futuro não se constrói uma vida;

Porque o passado já faz parte;

É no instante presente, cada segundo, único e talvez último que podemos viver...

30.8.08

SobreAEducaçãoOu,AFaltaDela


Nada como dança um pouquinho para aliviar todos os males do mundo não?

Dei uma passadinha no Royal ontem, fui desejar Feliz Aniversário para uma grande amiga que trabalha lá, chegamos à meia-noite em ponto, já tinha fila (fala sério) enfim, fila furada, beijos abraços de Feliz Aniversário, entramos um pouquinho, quase ninguém lá dentro, conversamos com o pessoal um pouquinho, enfim, voltamos para porta, e ficamos de conversinha lá fora... até que eu resolvo entrar...cheio, bem cheio...

Depois de dez minutos resolvemos entrar de vez, dançar um pouco, enfim, mais cheio ainda, beirando o insuportável, até aí, faz parte né?

O grande problema é que as pessoas não respeitam o espaço alheio, são corpos que vão se misturando, passando, empurrando, pisando no pé... Dançar é praticamente impossível, dá no máximo para mexer os ombros.

Homens e mulheres, passando, deixando coisas cair no chão, e tem gente que dança, mas dança mesmo, como se não tivesse ninguém em volta, acho que levei pelo menos umas 20 bundadas de pessoas dançando, umas 10 pisadas de pé, seis ou sete empurrões de !estou passando, saí da frente!"

E chegar no bar então???????? Trabalho de doido, você vai se espremendo, as pessoas esticam os cartões e balançam, é de outro mundo, juro, tô ficando velha pra isso!

Poderia falar também de alguns modelitos, mas, acho melhor não, vou ficar só com um, um fulano com um corte estilo New Kids on the Block, base de cabelo escuro e um topete que só por Deus num tom de amarelo (aquilo não é loiro , nem que ele queria hahahaha) dava para ver aquela cabeça circulando de qualquer ponto da balada...

Minha tolerância tem estado baixíssima para mil coisas, mas é a falta de educação do povo que mais me surpreende. As pessoas ainda não sacaram que a lei da física que diz: "Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço" está correta, sempre esteve e sempre vai estar...

29.8.08

EnsaioSobreARessaca


Não me conformo que uma mulher da minha idade ainda esquece de tomar Engov, puta que pariu, amanheci apodrecida, cabeça dói, todo som parece que ecoa na paredes do cérebro, o corpo está estranho e o estômago não ajuda muito...

Quem nunca passou por isso? Se não passou passe, pelo menos uma vez na vida e diferentemente de mim, por favor das próximas vezes tenha Engov na bolsa ou bolso. O pior da ressaca não é a dor física, é a moral, nussa, rsrsrsrsrsrs são flashes vindos do nada, fiz isso mesmo??????????????

É queridinha fez isso mesmo, pisou na jaca descalça e abriu os dedos hahahahahahhaha

A princípio, era só uma cerveja de fim de expediente, ela se estendeu por 12 horas, sim, começamos às cinco da tarde e foi acabar às cinco da manhã.... E eu que tinha que fazer faxina hoje...ah tá hahaha é, então, hoje só domingo, ok não está tão ruim assim, só passar um aspirador, mas é que comprei uma cera nova, quero testar...

Arrumei esse novo vício de produtos de limpeza, adoro, sou adepta de todos os tipos de "Veja" e descobri também o sapólio líquido, o sapólio resolve praticamente todos os meus problemas, quem me dera pudesse usá-lo e apagar umas coisas do passado, aquela sujeirinhas no nosso currículo sabe? hahahahaha

Fora as minhas ressacas de hoje (física e moral) tem também a dor da academia, voltei a treinar, é, treinei perna na quinta, putz, dói viu, andar dói...

Dá então pra imaginar a cena? Um ser saindo da cama enrolado na coberta, olheiras quase no pé, olhos inchados e andando torta hahahahahaha

Ainda por cima tenho que receber em casa os fulanos da Net, meu telefone está em coma, óbvio que eles não resolveram, eles chegaram e perguntaram se a conta estava paga "Que tipo de pergunta é essa moço? Tá doido, acha que eu chamo a assistência técnica para resolver um telefone não pago?????" O mocinho vai checar na central (acho que tenho cara de mentirosa!) , enquanto isso mostro pra ele um e-mail do dia 18 da agosto com a confirmação do meu pagamento, ao mesmo tempo ele lê o e-mail e ouve alguém lhe dizer do outro lado da linha que está pago... Aí ele passa meia hora no telefone, olha pra mim e diz, seu telefone não foi pago, não tenho o que fazer aqui!!!! Eu, misto de ódio e espanto: "Ô queridinho, você já leu o e-mail dizendo que está pago, já te disseram na central que está pago, não tô te entendendo..." Mocinho me passa uma folha para que eu assine dizendo que ele fez o serviço dele...Ahã "Espera um minuto moço, que vou ligar lá na central!" Mocinho: "Não espero, vou embora...a senhora pode assinar aqui?" "Então, não, não posso, to no telefone, espera que vamos resolver ja!' Mocinho me ignorou e foi embora, não antes de me ver perder as estribeiras...Cinco atendentes depois, minha tpm ataca e eu começo a chora no telefone com a mocinha antipática da Net que me informa que está cadastrando minha reclamação em em três dias úteis alguém retornará a ligação... Ah a fulana ouviu, chorava, gritava e xingava...tudo ao mesmo tempo (sem esquecer a ressaca e a dor nas pernas tá)

Enfim, nada resolvido, telefone continua em coma profundo a ressaca melhorou, mas ainda sinto uns arrepios, vai entender ah e as pernas? Nem dorflex tá resolvendo....

Mas enfim, caminhando e cantando né?

28.8.08

PerobaNeles


HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Não sério, acho que não dou risada assim há muito tempo, estava eu a caminho da minha dentista (que é incrível aliás) quando o horário político gratuito começa (tá, o CD player do meu carro não funciona há muito tempo, sim sou relaxada e não fui ver isso até hoje, ah não dou conta, enfim...), o negócio é que eu ria tanto no carro, mas tanto que as pessoas me olhava achando que eu era doida (não, também não tenho insulfilm).

Alguém já ouviu? É muito bom...O Enéas além de ter nome ruim ainda da pro filho o mesmo nome, então eu ouço: Meu nome é Enéas Filho...a voz é a mesma, preciso ver na tv pra ver se se ele tem barba também!!!! A Avani continua firme e forte...

Tem o fulano do Peroba Neles hahahahahahahaha eu lembro disso desde que era pequena, esses caras não morrem não?

Mas o melhor foi um que é evangélico: Deixe que Deus te possua na hora do voto HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Não deu tempo de ouvir tudo, o consultório é pertinho ...

Mas voltando ao assunto "som do meu carro" alguém já passou ouvindo rádio ali na Paulista e Dr. Arnaldo? Nada pega direito, só chiado, as únicas coisas que pegam são as rádios de Deus, eu passo rapidinho, mas impressionante como sempre ouço a mesma frase: Saí desse corpo....hahahahahahahahahah o que será que acontece né? tipo, Deus muda as frequências de rádio? Porque é SÓ isso que toca, nunca vi tanta rádio gospel assim, eles se proliferam como coelhos... vou começar a campanha Camisinha Neles!!!

Não, nada contra, nem a favor também, mas acho que esse povo sofre uma lavagem cerebral, juro, não sei como funciona, enfim...

Era isso...

A imagem que vou postar é dedicada a um amigo: FODA-SE (hahahahahahahaha)

27.8.08

Pai

Eu já falei do meu pai? Se já falei falo de novo porque ele merece, eu sempre digo à ele que ele é mais do que pai, é amigo e é companheiro, eu explico, a gente sai pra beber, seja aqui ou seja na praia, a gente fala de tudo, mas tudo mesmo, falamos de sexo, de homens, de música, de amigos, de trabalho, enfim de tudo mesmo, a gente ri junto um monte e briga também outro monte porque temos o mesmo geniozinho que não sei de quem herdamos, eu sei que herdei dele, somos muito divertidos e companheiros, mas não pise no nosso calo, a bronca é braba, e sabe que eu demorei anos para perceber que somos iguais? hahahahahaha
A boca do meu pai pra homem é pior que boca de mãe pra chuva, eu só comento, se surgiu comentários negativos, pode escrever que vai dar merda hahahahaha quem precisa de cartomante com um pai como o meu!
Ah, mas tem mais, nós dois amamos cantar, pena que a gente desafina, mas não é desafinar pouquinho não, é uma coisa horrorosa... E ainda tem o samba, grande paixão pela nossa águia da Portela, já choramos juntos em 2001 quando a águia (tá a águia não estava bonita mesmo) entrou majestosa na Sapucaí!
Meu pai canta pra mim no telefone, quando eu era pequena ele cantava "Ô coisinha tão bonitinha do pai..." agora ele canta outra, chama "Naquela mesa", a letra é linda e fala um pouco do que ele é pra mim: "naquela mesa ele sentava sempre e me dizia sempre o que é viver melhor, naquela mesa ele contava histórias, que hoje na memória eu guardo e sei de cor, naquela mesa ele juntava gente e contava contente o que fez de manhã e nos seus olhos era tanto brilho que mais que seu filho, eu fiquei seu fã, eu não sabia que doía tanto, uma mesa num canto, uma casa e um jardim se eu soubesse o quanto dói a vida e essa dor tão doída, não doía assim agora resta uma mesa na sala e hoje ninguém mais fala do seu bandolim, naquela mesa ta faltando ele e a saudade dele ta doendo em mim."
Nãoooooooooooo meu pai não morreu, nem vai tá, ele prometeu pra mim que não vai e promessa é dívida...
Eu só postei porque tem dias que fico pensando que não seria quem eu sou sem ele, na força que ele sempre me deu para fazer tudo o que eu sempre quis, ele sempre esteve lá, mesmo não estando e quando eu cresci, ele foi o primeiro a me dizer, e hoje, quando eu tenho dúvidas, é ele que me segura, que me diz que eu posso, que me dá toda a força necessária!
Eu só postei hoje pra dizer: Pai te amo!

26.8.08



As vezes começa assim, só vontade de escrever, nada em especial, só ouvir as teclinhas do teclado batendo já faz um certo bem á minha precária saúde mental hahahahahahaha, ou pensaram que eu era normal hahahahahahaha, outro dia ouvi de um grande amigo o seguinte: "Você é a louca mais equilibrada que eu conheço" Caí na gargalhada, achei ótimo afinal, que graça têm ser 100% normal, bom, pensando bem, quem de nós é normal? O que é ser normal? Estou me repetindo? Acho que já falei sobre ser normal, mas como deve fazer tempo, talvez, repito, talvez eu tenha mudado um pouco de idéia, ou não também, mas não vou caçar post antigo pra conferir...outro dia até tentei, começar a reler tudo, no começo foi um barato, relembrei várias coisas gostosas, chatas, bem chata e como sempre muito gozadas desse último um ano e meio, é..o blog já fez aniversário, que chique! Mas enfim, o causo é que nem dei conta de ler tudo, porque já fiquei com saudade de amigos, e já saí por aí distribuindo e-mails e scraps saudosos...sou um tanto emotiva, já deu pra perceber não?

Voltando, ser normal né? O que é ser normal nos dias de hoje? vejamos, as pessoas normais, são aquelas que trabalham mais de oito horas por dia, pegam um trânsito do cão, sofrem se stress, mantém relacionamentos insossos com seus respectivos, alguns jantares na casa de amigos, enfim, o normal hoje é ter problema, se você não têm stress ou depressão queridinho, vc não é normal, deve ser ruim da cabeça ou doente do pé hahahaha (engraçadinha hoje não?)...

Desse jeito quem quer ser normal, prefiro mesmo é ser essa doida equilibrada...

E mais uma vez, poderia discorrer sobre essa falsa normalidade desse povo pós-moderno, sim pós-moderno, porque ser moderno é ser arcaico, já dizia um professor meu, o pensamento moderno data (salvo engano) do século XVII, vou ver direito minhas anotações e posto o erro, ou também não posto...

Mas o caso é que estava vendo umas fotos, sim estou muito egocêntrica ultimamente, e achei essa que postei, o tema era, uma mulher saindo da noitada, aí me lembrei de uma conversa com um outro amigo, falando sobre noite e sobre como era e como é hoje, enfim, e lembrei, tudo bem que essa foto foi feita, mas eu acho que era mais ou menos assim que eu era nos tempos purpurinados da minha vida, me achava moderna, hahahahah pobre de mim, hoje sou mais limpinha tá ? (rindo de novo)

Acho que hoje sou mulher pós-moderna, faço faxina, trabalho, saio com velhos e com novos amigos, cerveja, jantar, botecos e tá, até algumas baladinhas, mas confesso, acho que a idade pesa, não, eu não sou velha, mas acordar depois de uma baladinha, meus queridos, aquele gosto de guarda-chuva na boca, ninguém merece....

Bom, com nada dito e muito escrito, acho que vou ficando por aqui mesmo, só enrolei algumas linhas mas acho que nada muito profundo e proveitoso podemos tirar desse textinho meia-boca, tenho um trocadilho para o meia-boca, mas vou deixar pra lá, pensem, a piada é boa, mas preciso manter o nível né?
XOXO (hahahahahahahahahahahahahahaahahahahahahahahahahahaa)

25.8.08


Disse um dia, sabiamente, Sheakspeare: 'O tempo é muito lento para os que esperam. Muito rápido para os que tem medo. Muito longo para os que lamentam. Muito curto para os que festajam, mas para os que amam, o tempo é eterno'

Vou postar só porque eu e o tempo andamos numa boa ultimamente, ando correndo como um rio, ao meu próprio tempo, o tempo ainda não invocou comigo, vamos torcer para que continue assim não é mesmo?

Coisas que fazem de meu tempo sempre um bom tempo (adoro todas as brincadeira que podemos fazer com o tempo), rir com amigos, mas rir de verdade, de chorar, de ficar vermelho e o estômago doer, de falar besteiras e contar causos e rir de novo, de fazer bobagens e rir de novo, de ser quem eu sou e saber rir de mim, o bom tempo é o meu tempo de rir, de saber quem sou de estar onde quero estar e mesmo assim meio atrapalhada, de rir de todas as minhas cagadas....

É tempo de rir, de rir de verdade, de rir de tudo, de todos e principalmente, de rir de mim e comigo mesma... As vezes é bom esse "tapa na bunda" que a vida dá, dizendo assim: Muito bem garota, tá do jeitinho certo!!!!! (Pode não ter muita graça pra muita gente, mas eu garanto que a piada é muito boa hahahahahahahahahahaha)

Bons tempos, velhos tempo, novos tempos, sempre há tempo pra quem procura o tempo certo!

22.8.08


Eu acho que a vida tem um senso de humor um tanto estranho, mas depois que a gente se acostuma, o bom mesmo é rir com a vida, tá, nem sempre é possível rir assim imediatamente, mas depois que passou, passou e o que ficam são os ótimos causos contados na mesa do bar...

Eu estava conversando com uma aluna essa semana, quando guardei o relógio da sala, olhei para ela e disse : Guardei as horas! (Cara de menina esperta, e ela é mesmo) Diz então pra mim, não é possível guardar as horas! (Espirituosa e um tanto filosófica) Respondo: Não, não é possível guardar as horas, só é possível guardar memórias.... Olhamos uma para o outra, silêncio, ela sorri e diz, entendi. Mais do que entender, espero que ela guarde isso para sempre, pois eu demorei 27 anos para aprender essa lição tão sábia.

Então, se não é possível guardar aquele segundos de um abraço, ou o momento antes do adeus, guardemos apenas as memórias boas do que ficaram.

Tá, mas enfim, não era bem disso que eu queria falar, tem um monte de coisas que eu quero falar, tenho medo disso virar um post gigante, daqueles que não aguentamos ler até o final (tá talvez você seja mais paciente do que eu, porque se tá chato eu largo mesmo), mas acho que, tô achando mesmo é que é muita idéia numa cabeça só e eu não tô organizando isso direito...

Eu comecei falando do senso de humor da vida né? Pois é, a vida as vezes me coloca em situações gozadas, mas enfim, acho que ainda não quero compartilhar hahahahahahahahahaha

Vou ficar só com a história do tempo mesmo...

4.8.08

Noite passada, de olhos fechados, ou já era manhã? Quem pode saber, sonhos vem e vão, poderia ter durado toda a madrugada, ou quem sabe apenas alguns segundos antes do completo despertar dos sentidos, não importa, foi uma bela conversa comigo mesma, ao mesmo tempo que abriu as portas para um passado que teimava em ficar atrás da porta, espreitando, esperando o momento certo, esperando um pequeno sinal de fraqueza para invadir o quarto, sem hesitar, mexendo com tudo revirando fundo coisas que eu não queria nem olhar.
Eu então mexi em fotos, busquei fatos e abri a caixa do passado, e tantas, tantas cartas de amor, cartas apaixonadas jurando amor eterno em cada palavra, belas palavras escritas em papel já pardo, envelhecido pelo tempo...
Ainda me lembro de alguns versos, outros tantos sem nome, são apenas palavras escritas em papel amassado, mais do que cartas, encontrei objetos, máscaras, patuás, pedras, balas, tantas coisas sem sentido para tanta gente, tanta que coisa me fazendo refletir sobre quem sou, onde estou e onde quero estar...
Sou viciada em paixões arrebatadoras, elas me fazer respirar, sem elas, me sinto um tanto morta, belo erro belo pássaro, paixão é apenas a droga do artista, algo que o faz sofrer e consequentemente criar, já dizia Vinícius que um bom samba deve ter algo de triste, não quero mais ter algo de triste, as tristezas carrego no fundo do olhar, um brilho pálido só visível a quem realmente sabe olhar...
Então, já sei que neste momento, não quero paixões arrebatadoras, acho que quero um pouco estar só, ganhar meus jogos sem apoio, ah sim, dessa forma egóica, quero me fazer, quero ser a mulher que sou lá no fundo, quero acreditar mais em mim, no fundo, não conto sempre um segredo desses aos outros, mas sou um tanto (um tantão na verdade) insegura, acho besteira, na verdade, é só mais um obstáculo a superar.
Bom, já são duas conclusões numa noite, quero estar só para poder acreditar em mim. Um belo começo não? O que mais eu quero? O que mais eu quero? Posso ficar repetindo essa frase por mais duas longas noites, quero, como todo mundo quer, receber um salário justo, quero, como todo mundo quer, que meus projetos cresçam e ganhem forma, quero, como só eu quero, me virar por mim mesma, ser menos bagunceira, mais ordeira, quero deixar de fumar (embora eu adore dar um bela tragada), quero conseguir terminar o que eu começo queria ser menus fútil também e mais estudiosa do que tenho sido, admiro as pessoas estudiosas, admiro mesmo, pq as vezes, acho que poderia estudar bem mais do que estudo.
Hum, acho que são boas resoluções, mas mais do que tudo, quero voltar a dançar sozinha em casa, quero voltar a escrever meus textos mesmo sem pretexto, quero voltar a ser a pessoa que no fundo eu gosto tanto de ser.
Não poderia deixar de agradecer aos dois amigos que hoje, cada um a sua maneira me fizeram abrir os olhos, e cada um a sua maneira, soube bater e assoprar, obrigada meu querido amigo e minha sempre querida Alice...

2.8.08


O mundo é que as vezes parece que pára num certo lugar e é complicado tentar andar. Os pés colados ao chão, querendo mover, correr, tão rápido quanto seria possível para um velho pulmão cheio de fumaça, o tempo que corre no relógio mas não passa para quem aguarda.

E é como se nada pudesse mudar, está estático e eu nem sei por onde começar, dizem por aí, as más linguas, que é a tal da crise trimestral, antes fosse...

Acho que é só loucura da cabeça mesmo, autistando, fechadinha nesse mundinho, parece até uma velha caixa de surpresas já conhecida, isso aí nenhuma surpresa no país das maravilhas, só mais um coelho doido tomando chá das cinco com um chapeleiro mais doido ainda, só eu ali olhando esperando que algo me surpreenda, esperando, esperando... nada, nem um Valete de Copas para me dar uma rosa vermelha, nem mesmo um gato sorrindo para mim.

Só eu criando raízes no país da minha própria loucura, do meu mundo particular de fantasias inatingíves, só eu querendo mais uma vez criar asas, voar por aí e ver o mundo por uma nova perspectiva, mais nítida.

25.6.08


É porque as vezes, mesmo rodeada de gente, bate aquela solidãozinha que não se sabe explicar, como se faltasse uma parte, mesmo sem saber que parte é essa, algo como, sei lá, um sexto dedo que nunca existiu, mas que deveria estar lá, não, não tão banal quanto um sexto dedo, cinco já me bastam, é algo lá dentro, mais profundo e mais doído...não estou sabendo explicar, é como uma presença, algo que deveria estar presente e simplesmente não está.

E como é que se vai explicar não é mesmo? Ah, estou com uma saudade de não sei bem o quê, parece até piada, mas está lá, uma saudade, uma dorzinha lá no fundo, e eu não sei fazer mudar.

Boba, fico vendo filmes bestas e achando que sempre ali na curva tem um belo final feliz, pode ter, ou não, quem há de saber...o que importa agora é o caminho, não é o fim do percurso, é o cada passo, é cada segundo, e se vai vivendo, quem sabe um dia, numa curva qualquer da vida, encontro meu dedo perdido por aí hahahaahahahahahahaha

16.4.08

PerguntaESolução


Vale triste e ponto? Triste sem querer dar muitas explicações, um triste assim, de choro engasgado na garganta sem querer chorar, um triste assim de não saber muito bem por onde começar, onde aparentemente deveria existir apenas calmaria, tá tudo assim meio revirado, um tanto remexido por sei lá o que exatamente...

Faltando um pouco de arte, de poder pôr pra fora um tantão das coisas que não sei explicar, e já me dei minha razão, me falta a minha arte a minha expressão.

E só de dizer já é um alívio ao coração. Me falta eu, me falta eu me dando pra mim e mais nada.

10.4.08

Lov.E


O clubinho se foi, levou com ele a lembranças dos tempo que não voltam mais, tempo de uma adolescência tardia onde não existia hora pra noite acabar, levou consigo a lembrança de um lugar que era praticamente a sala de casa.

Deixou na memória momentos hilários, amizades começadas e terminadas, vai deixar na boca o gosto da comida do Dedé, de passar pela pista com um prato de pizza na mão, de pedir pasteizinhos na área vip e enche-los com molhinho de shitake, deixou no coração a lembrança dos amigos que fizemos lá, de um lugar que era sempre fácil encontrar um amigo e papear.

O clubinho fecha as portas e deixa no coração uma saudade grande de quem já foi cliente, foi funcionário e virou família.

Ah o clubinho, dos altos e baixos da turma, de dormir na sala vip, de poder entrar e sair sem pedir licença, clubinho de tomar cerveja atrás do balcão, de sentar no chão de vestiário e chorar de rir, de arrumar encrenca e ter sempre o Buchecha para defender, clubinho...

E nem cabe aqui contar tudo, é bom, deixar as lembranças na memória, o clubinho fecha as portas e eu viro uma página da vida, de certa forma, lá foi também uma escola, posso dizer que amadureci.

O clubinho fechou as portas e como dizem por aí, deixou herdeiros, mas mais do que isso, deixou órfãos.

3.4.08


A vida passa assim mesmo, num indo e vindo constante como mar, num infinito divido que só os verdadeiros de alma sabem aproveitar, são as dúvidas diárias dos que sabem amar. E não existe um momento certo para se dizer do que foi, no deparamos eternamente, com as verdades que a alma conta e o coração chora, são as vírgulas e os pontos finais nos lugares errados que nos fazem pensar, fico aqui falando em nós, mas é tudo muito eu, sou eu sentindo, é meu, escondido guardado, sentimento gozado esse do se lembrar, e as vezes é assim mesmo, é a lembrança batendo à porta, pedindo para ficar, é estranho porque não é assim tão eu, é um pouco do universo conspirando a favor e fazendo tudo girar numa mesma direção.

E eu fico me lembrando do tempo em que escrevia sem pudores e sem amarras, hoje me sinto mais contida, afinal é um tanto complicado mesmo sem assim aberto, sem assim online esse diário de sentimentos, e já me expus demais, não me importa que sejam palavras lidas, acho até bom, mas que é estranho quando se pára para pensar, ah isso é.

Eu encontrei uma luz na escuridão um tempo atrás, parece pouco mas já faz muito e aí vira e mexe, me´pego pensando me pego sentindo uma saudade esquisita, meio reprimida, saudade de poder não falar nada, saudade de não precisar dizer o que não se quer. E as vezes é assim mesmo, é o silêncio que faz o coração falar mais alto.

Tô precisando voar um pouco, me sinto com os pés cimentados no chão, me falta a intensidade característica, me falta o peito arfando, me falta o grito rouco, me falta uma parte de mim que está meio perdida por aí, olho pela janela, e nesse céu nublado tem um pássaro bem grande vinda lá longe por cima do arranha céus da cidade da garoa, as vezes batendo asas, outras só ali, planando pelo ar.

E não sei se me sinto velha para sentar na cadeira de balanço e esperar a vida passar ou se ainda me sinto nova demais para dançar até o dia raiar, não sei mais de mim, eu que já tive tanta certeza, agora me cubro de dúvidas, querendo entender onde estou e quem eu sou.

2.4.08


Dizem por aí, que o ser humano se inspira nos momentos de equilíbrio, entre a dor e o prazer, felicidade e tristeza, é preciso equilíbrio para criar, me questiono...

Acho que a arte se dá na duvida, na busca por uma resposta que a alma pede, é o querer entender mais de si próprio, é querer ver o mundo com os olho d'alma. E não existem respostas definitivas, o mundo está em constante movimento, é a dança silenciosa dos corpos nas ruas, questionarei a todos os instantes cada instante em que vivi, não tanto pelos "e se" da vida, porque afinal, e se já é passado e não poderia ser mudado, se faria algo diferente da vida? Não, não mudaria nem um mínimo erro, eles são parte de quem eu sou, quem eu sou?

Essa é uma bela pergunta, sou assim, um bichinho esquisito, que não sabe bem por tanto desejar, as vezes, eu ouço coisas a meu respeito e não sei direito digerir.

Faz tempo que não vem aquela ânsia de escrever, onde as palavras vinham e eu não podia controlar, hoje eu penso mais, não gosto tanto, me sinto assim um tanto separada de mim mesma, um pouco mais racional, posição que sempre reneguei, continuo não gostando, e fico assim, com o pés no chão, esperando que as asas tomem fôlego para voar, estão cansadas, querem paz, o coração quer ventania, temporal, pés colados no chão...Olhar vagando pela multidão, procurando um sorriso de consolo, um olhar de admiração, uma mão boba procurando um calor quente, um coração buscando respostas.

Só assim, desse jeito meio estúpido, mais um ser humano, vagando na contra-mão

31.3.08


Nem tanto pelo que dizer, na verdade acho que não há nada mesmo, só o ser humano me impressionando cada dia, mais, a descoberta do outro é sempre um assunto fascinante, ultimamente venho pensando muito nessa questão das imagens que passamos, somos realmente o que aparentamos ser, aparentamos ser aquilo que achamos aparentar ser, já dizia aquele ditado antigo, as aparências enganam, enganam quanto e por quanto tempo?

O ser humano é um bichinho raro, raro por cada um ser uma espécie única e ameaçada de extinção, por isso, querido amigo, devemos sempre andar com olhos muito atentos, cada olhar pode ser o último.

Todo momento é único, e o instante perdido não volta no tempo, e lá vou eu de novo filosofando nesse negócio estranho que é o tempo, eita coisinha mais esquisita que é esse tempo doido, e nem venham os físicos dizendo que essa coisa de tempo é sempre linear, é nada, o tempo é tinhoso, anda do jeito que quer, na velocidade que bem entende, vai e volta dando voltas no mundo, fazendo as vezes tudo voltar ao ponto de onde partiu...

E eu fico pensando nessas voltas que o tempo me dá, na maneira como as coisas na minha vida parecem nunca partir completo, eu fico nessas voltas com minhas caraminholas, procurando respostas que parece nunca saberei encontrar e não sei se perco ainda tempo tentando achar o se deixo só o tempo me levar pra qualquer lugar.

Penso que, ah, hoje eu penso que mais nada, hoje eu tô é meio chata, querendo dizer coisas que nem mesmo sei explicar...

11.3.08

QuantasCriançasMais?


Quantas crianças mais perderemos até termos consciência de que é preciso mudar? Quanto tempo já perdemos apenas acreditando que o país vai mudar? Vai mesmo?

Parece que só percebemos o tamanho da merda quando a água já está batendo na bunda. Eu que sempre me considerei ajudando de alguma forma, percebo que na verdade, nunca fiz nada para mudar tudo isso, como outros milhões de brasileiros, reclamo da situação do país, digo que a solução é a educação, mas, no fundo no fundo, o que eu fiz de concreto? O que eu posso fazer de concreto? O que cada um de nós pode fazer, porque no fim das contas, ainda acredito que se cada um fizer um pouquinho talvez alguma coisa mude.

Falamos tanto desses marginais que vivem nas favelas, matando gente, roubando, nos esquecemos de que primeiro, fomos nós, os burguesinhos de merda, que financiamos tudo isso com um simples e inofensivo cigarro de maconha, não vou entrar no mérito das drogas mais pesadas, nós financiamos essa "empresa" que rouba nossas crianças da escola. Nos esquecemos que aquele cara lá do morro que hoje controla o tráfico de drogas já foi uma criança, e como tal, algumas pessoas ou quem sabe apenas uma, acreditava nesse menino, mas somos fracos demais frente a todo o paraíso que o mundo do crime oferece.

Sei, existe sim o lindo lado de alguns poucos, um número quase irrisório, que viraram as costas a este mundinho e se tornaram "alguém", mas isso é pouco, é pouco demais...

Existe sim uma saída possível, leva tempo, muito tempo, mas é preciso acreditar, é preciso educação, é preciso o governo parar de ganhar as custas dos cofres públicos, é preciso um auxílio às famílias, é preciso acabar com o uso ilegal de drogas, é preciso acreditar e mais do que isso, fazer alguma coisa para mudar!

E enquanto nos sentamos confortavelmente nos belos sofás de nossas casas assistindo tv a cabo, quantas crianças mais perdemos para o mundo cão?

A culpa é de cada um de nós, somos nós que criamos esses adultos perversos que hoje não tem mais coração, somos todos pais e mães dos marginais nos roubam nos faróis, somos todos os educadores desses meninos perdidos nas ruas das favelas.

Dói muito, dói só pra quem já sentiu essa dor de saber que um meninos de olhos tão brilhantes, de sorriso encantador, pode estar cada dia mais longe de casa, cada dia mais dentro desse labirinto sem saída, dói mais ainda lembrar, que como ele existem muitos mais por aí, e que com o passar do tempo, os olhos se apagam, para o sorriso será preciso a droga.

Perderemos muitos mais?

23.2.08

AKP 3517

Que mundo é esse habitado por seres que me causam tanto asco? Jovens, talvez mais velhos ou mais provavelmente mais novos do que eu saem de seus carros e espancam outros jovens, talvez mais novos ou mais velhos que você. É sempre diferente, ouvir falar destes fatos e realmente presenciá-los. É sexta-feira à noite, já início de uma madrugada quente que deve reservar a vários outros jovens uma noite espetacular, a outros, como esse menino do carro branco, apenas um tanto de dor, dentes quebrados, um carro destruído e quem sabe quais outras mazelas, as meninas que acompanhavam os outros dois jovens covardes, devem restar lágrimas, remorso e espero que um pouco mais de discernimento em suas futuras escolhas de companhia para o futuro.
O que reserva o futuro aos moleques covardes? O mesmo que reserva a muitos outros dos bem nascidos sem consciência do mundo, uma boa faculdade, um bom emprego e obviamente uma vida de impunidade!
Se o que fiz foi o mais correto, não sei dizer, só sei que o homem do outro lado da linha me perguntava se eu ainda estava no local, não, não estava, tive medo, muito medo e de portas trancadas, sim, deixei o local, me dizia o homem, os dados não batem, insisti na placa, na cor do carro, mas não sabia dizer a marca, pensava numa saveiro, talvez não fosse...Mas não consigo dormir, quem dera tivesse forças para fazer alguma coisa, quem dera tivesse a coragem talvez não fosse o ato mais esperto, mas ao menos, não teria sido conivente.
Eu, entre tantos outros espectadores da barbárie humana, só pude olhar, eu e mais uma multidão de homens, mulheres, jovens, velhos, não fizemos nada...
Todos os dias homens se batem, se ferem, machucam uns aos outros das mais diversas formas, onde nasce esse ódio contra o próximo? De quem é a culpa? E o que podemos fazer para mudar?
Cada dia, perco um tantinho mais da esperança depositada no outro, cada dia, um tantinho mais, a maldade humana me assombra.
Ainda dá tempo de mudar?

22.2.08


Quem é você? A que grupo você pertence? Estaria disposto a arriscar algo novo? Acreditaria em algo que não lhe cabe? Seria capaz de uma loucura? Segue a risca o que lhe é proposto? É metódico e previsível? Quem é você afinal? Mais um na multidão, ou alguém que vai realmente mudar o final?

20.2.08


Falta só o olhar.


Só, porque um olhar diz tudo, olhos não mentem, pelo contrário contam mais até que o necessário, desvendam mistérios, convencem dos sentimentos. Poderia também o simples roçar de pele, mas este, toca lá, num outro lugar, a pele fala de paixão, traz um leve arrepio de tesão. E os lábios então, ah esses falam dos desejos, a maneira como se tocam, a princípio com uma certa delicadeza, mas então, como uma explosão, suspiros, parece que o ar falta, busca-se o oxigênio, línguas se tocam se buscam, intensidade, uma troca de palavras mudas, belo diálogo do beijo. O corpo também fala, a perna se volta ao corpo ansiado, pés buscam pés, mãos um tantinho mais para lá, tentando se mostrar disponíveis, o rosto, se vira levemente, deixando um pedaço do pescoço à mostra. Poderia deixar todo corpo falar, poderia mesmo pronunciar certas palavras de efeito, mas...


Mas falta só o olhar.


19.2.08

Como pode o coração, pregando peças...é tanta paixão
Um pouco de álcool para calar a boca, fazer a prosa e surgir o verso
Um tanto de mel equilibrando o azedo do limão na boca
E vento, muito vento para voar cabelos e trazer os cheiros, lembrar sabores
Um sorriso leve, os olhos longe, coração batendo
Algo toca longe e bate dentro
Ainda é tão cedo e já mora longe
E se um dia perto, um aperto incerto há de bater lá dentro
Já se vai o tempo levando consigo algo de antes que ainda espero agora
Uma certa incerteza
Um instante roubado
E é num piscar de olhos vem e vai
E eu como sempre acho que nem já sei mais

12.2.08

É vida. É jogo. Dados rolando... Hoje sim, amanhã...quem sabe não. É apostar no escuro. Mesa de cartas bem fechadas. É blefe, sorrisos, risadas... O que se ganha? Quem é que perde? É vida, só isso... Um tanto de vida. Um breve momento. Algo como um leve piscar de olhos. Quando termina? Termina? É só o hoje frente ao resto de tudo. E já passou um pouco. E vale mesmo assim a pena pensar num amanhã distante? Quanto tempo demoraesse tão curto tempo que tenho para viver? Afinal, é mesmo curto demais para tudo o que se quer realizar. Já dizia o poeta, o tempo não pára. Quem me dera as vezes parasse... Assim só um pouquinho, para que os momentos durassem mais. Mas o tempo é assim mesmo, um tantinho perverso as vezes. Para tudo é preciso tempo, para toda vida, me falta o tempo. E fico assim pensando que estou sempre correndo sem sair do lugar. Buscando o tempo que se foi. Correndo para trás, olhando para frente. Sonhando passado, vivendo presente. E assim eu vou vivendo. Jogando esse jogo que nem sabia bem se queria jogar. E a vida vai passando, nesses dias de momentos. Nesses instantes de lembranças. Só assim. Um tantinho assim hoje. Como sempre falando muito. Dizendo pouco. Palavra por palavra. Vírgula por vírgula, sem sair do mesmo lugar.

9.2.08


Sol, neblina e um pouquinho de Mata Atlântica, só um pouquinho para tamanha beleza, um tanto assim de areia e um marzão sem fim... uns barquinhos vagando no mar.

Janela aberta e um montão de vento revoando cabelo, conversa jogada fora e risadas marcando o percurso. Uma serrinha sinuosa cheia de um friozinho gostoso, algumas pequenas cachoeiras só pra dar o tom.

E um pouco mais de mar e chuva na chegada, risadas e um montão de areia no pé, algumas doses de álcool e a família reunida, danças, mais risada e um marzão de conversa jogada fora, vento levando a saudade embora...

Um monte de não, senta e lá pra fora, palhaçadas dequelas que só fazemos entre os queridos, telefone tocava, ninguém escutou...
Carnaval passando apressado na televisão e uma torcinha ferrenha pela águia tão querida, mais um ano nadando e morrendo na praia, mais uma quarta-feira de cinzas dizendo: ano que vem rola. Não importa é o momento que esperamos todos os anos, de mãos dadas, duas gerações berrando a cada ponto, gritando por cada décimo perdido...
Um tanto disso tudo que traz tanta paz ao coração, mais um carnaval que não precisou ser pulado para ser o melhor, mais um ano batendo no peito e contando do choro...






30.1.08

SalveComunidadeVerdeEBranco


Salve, salve comunidade Camisa Verde e Branco, neste começo de madrugada, onde a cuica ainda deve estar tocando pelas ruas na Barra Funda, deixei o barracão com gosto de quero mais, quero muito, muito mais disso tudo, mais dessa comunidade que canta seu hino com lágrimas nos olhos, mais destas passistas não apenas de samba no pé mas de coração no samba, mais desta coração de frente que se une e para frente e para trás leva aos céus quem com olhos sabe ver, mais destes integrantes que com amor gritam teu nome, mais desta bateria que sabe pegar fundo na batida do coração e mais mais destas baianas, é neste momento, ainda com o corpo molhado que só lhes posso agradecer, por me fazer lembrar a raiz mais profunda deste amor ao samba, por me fazer ter fé em uma outra cor que não Azul e Branco, por me fazer acreditar que nesta terra da garoa existe gente, existe uma comunidade com tradição, com amor incondicional, que aqui nesta terra onde nasci e me criei, posso sim, encontrar um lar no samba.


Não posso no entanto dizer que meu coração está tomado pelas cores de tua bandeira, pelas cores que casal de mestre e sala defenderam na quadra, com tanto amor, com graça, com simpatia e garra, tuas cores ainda não tomam de todo o coração, mas dividem o posto com minha águia amada.


Não posso estar em Madureira, defendendo minhas cores, aliás, que vergonha, nunca entrei no barracão onde todos os ilustres já cantaram, mas posso, pretendo e quero, fazer parte de tão distinta comunidade Verde e Branco, onde não apenas a alegria reina, mas a paixão impera. Nesta noite, neste último encontro antes de defender a bandeira em 2008, vocês ganharam meu coração, respeito e gratidão.

28.1.08


Dias como aquele parecem ser a pior coisa do mundo não? Hum, não, na verdade não.


São dias como aquele que me fazem pensar, que me deixam sentir, e onde mesmo não enxergando bem com os olhos, abrem-se os olhos d'alma, pude ver tanto e tão longe e pude perceber como tantas coisas mudaram ao longo do tempo, tantos sonhos desfeitos, tantas ilusões perdidas...


Quando eu era pequena, achava que meu pai era como um cavaleiro antigo, com armadura de prata, lutando contra todos os perigos, invencível, perfeito (acho que todos somos assim não é mesmo?), mas eu cresci e um dia meu pai me disse que ele era humano e como tal, sofria, adoecia, também queria carinho e atenção...


Quando eu era pequena, achava que meu irmão era ruim comigo, só porque eu era criança e chata, eu cresci, meu irmão não mudou, aprendi, que a gente fica criando desculpa para as coisas, para que as coisas doam menos no coração...


Quando eu era pequena, achava que quando crescesse minha irmã seria minha melhor amiga, que ela teria orgulho de mim e que me deixaria ser tia tempo integral, eu cresci, minha irmã, não está nem perto de ser colega, entendi que nem sempre família precisa ser exemplo de perfeição e que mesmo assim ainda é família, aprendi que não precisamos ser amados para amar...


Quando eu era pequena, achei que meus amigos seriam meus amigos para sempre, eu cresci, muitos se perderam no tempo, outros, nem era tanto assim, esqueci o nome de alguns, o rosto de outros, aprendi que as pessoas caminham ao nosso lado enquanto caminhamos o mesmo caminho e que fazer a curva não é a pior coisa do mundo, entendo que existem sim, amigos que serão eternos e nem por isso estou com eles todos os dias...


Quando eu era pequena, achava que só gente velha morria, achava que que aqueles e-mails bobocas que nos dizem para nunca esquecermos de dizer eu te amo porque pode ser a última vez são a mais pura verdade, gente jovem também vai embora cedo e o que mais dói é não ter dito adeus, é saber que aquela chopp que fica só na combinação, pode ter sido perdido para sempre...


Eu achava que poderia sempre fazer o que bem entendesse e que foda-se os outros, até que magoei um grande e querido amigo, parti o meu próprio coração, aprendi que não é foda-se, que algumas vezes devemos pensar um pouquinho antes de agir...


Eu já passei muito tempo achando muita coisa, e achei tanto e tanto que não vi o que era verdade, o que era mentira e nem mesmo as coisas que eu dizia para mim mesma pra tentar deixar tudo um pouco menos preto e branco. Eu achava que as pessoas me conheceriam apenas ouvindo minhas palavras, esqueci que são os olhos e os gestos o que mais importa...


Eu já me esqueci de tanta coisa e lembro de tantas outras, eu já me achei tão diferente, mas na essência sempre fui a mesma.


As vezes eu digo coisas e ajo de certa maneira para me esconder um pouco, as vezes eu quero tanto um colo para chorar, que só sei ficar sozinha para que não me percebam tão frágil, as vezes preciso de um gole de birita porque sou tímida demais para falar do sinto e quando tudo beira o insuportável me sento atrás desta tela de computador e deixo tudo sair assim mesmo, meio vomitado, eu tantas vezes escondo a insegurança de meus olhos atrás de óculos bem escuros, eu as vezes esqueço e falo em voz alta os meus sonhos, eu tantas vezes me calo achando que nem sou tão inteligente assim... falando desse jeito, até parece que sou a pessoa mais insegura do mundo, tem dias que sou, outros não é bem assim. São apenas dias, a vida é feita de momentos e a cada instante embora sendo eu mesma, sou cada dia um outro pedacinho de mim mesma.


Eu entendo hoje que nem todo mundo tem ou quer ter tempo para entender ou conhecer, quem sou eu para fazer tal pedido? Afinal de contas, é preciso querer muito para conhecer o outro, afinal, não somos todos feitos desses milhares de pedacinhos? Não basta apenas olhar para conhecer o outro, é preciso tempo e paciência e mesmo assim, seria preciso todo o tempo do mundo para conhecermos um outro ser humano por completo.


Tem dias que nem acho que estamos num caminho, acho que é assim, um marzão infinito, somos todos passageiros de barquinhos, remando, remando, tentando chegar em algum lugar, procurando um horizonte onde atracar, e tem vezes que o barquinho está assim, cheio de gente querida que ajuda a remar, entendo que só entra no barco quem quer, e que só o nosso desejo de um novo passageiro, de um novo companheiro de viagem não basta, para que alguém queira compartilhar um remo com você.


Hoje eu sei que meu barquinho não tem lugares marcados, que devemos preservar aqueles que estão do nosso lado, cuidar como se cuidássemos de nós mesmos e que sempre será bem vindo aquele que quiser fazer parte de tão distinta tripulação.


E eu to aqui falando esse montão de coisa e sinto que não disse tudo que tinha para dizer... é assim mesmo, nunca dizemos tudo, não por não querer, mas por não poder...






27.1.08

Um tanto de tudo no mesmo lugar, apenas colocando, colocando, tão cheia já de tudo que me sinto sufocar, sentimentos tão distintos que nem deveriam ocupar o mesmo lugar. Está tudo tão confuso que nem ao menos consigo expressar, as vezes sinto que tudo isso é um jogo... não tenho tanta certeza se quero apostar, quero jogar as cartas para o alto, virar a mesa, sair da sala, fechar a porta e só andar, nada mais.
Afinal, o que significa ganhar no jogo da vida? Vivemos assim, ganhando e perdendo, sem poder apenas seguir, ir, gostaria mais de sentir que neste momento é apenas rio, que vai indo, seguindo seu fluxo, as águas em sua calma, passando, sem ter tempo para chegar, apenas ir, sem ter de apostar.
As fichas na mesa, é tanto a se perder, já não me sinto mais parte, apenas um pedaço perdido no meio do nada, o que ganharia então, uma doce ilusão construída de sonhos que as vezes já penso impossíveis, já não me sinto parte de lugar nenhum, não lembro mais onde foi, não me lembro em que parte do caminho me perdi, acho que fui indo, indo, seguindo sonhos impossíveis e nem me vi errando o caminho.
E agora depois de todos os ditos e não ditos, já não sei mais, as vezes acho que nunca soube...o que tem lá na frente? Eu ia pedir uma chance, ia pedir para se deixar me conhecer, e quem sou eu? E me questiono, tanto e tanto e só acho tudo isso muito errado, não sei se espero mais ou menos de mim, me pergunto quem sou, me pergunto como, e se poderia dar mais de mim, me pergunto o que seria eu, sou feita de sonhos, de mil coisas bonitas que quero realizar, o que sei eu?
Ontem falávamos do conjunto da obra, e como poderia eu pedir que soubessem de mim, se nem eu sempre sei, as vezes acho que mudei tanto que já me perdi de mim mesma, o tempo vai passando e embora as vezes rodeada de tanta gente, me sinto só, me sinto Dom Quixote, lutando contra monstros imaginários que só eu posso ver.
Acontece que não quero mais, cansei, já não sei mais o que é real, me perdi entre ilusões, e para onde quer que olhe, não vejo mais nada além da neblina que me cega, branca, tão densa que sinto poder tocar, então estou aqui sentada, me sentindo no meio do nada, sozinha mesmo estando rodeada, não vejo nada além e se eu coloco minha mão frente aos olhos, nem ao menos sei quantos dedos tenho, engraçado, sinto o corpo, não o vejo, nem sei mais que formato poderia ter, será que mudei?
Já não sei mais, ontem eram sonhos, hoje, realidade em chamas.

24.1.08

OQueMeFazVoltar

O que me faz voltar no dia seguinte? É mais que os sorrisos, que os abraços...
São os pequenos momentos, mas tão grandes em sua intensidade...é ouvir, eu consegui, é ver uma sutil mudança, e ter a certeza de que eles podem mais, é a felicidade que me dá, tem dias que nem caibo em mim...não, não são só flores, tantas pedras no caminho, tantos muros a escalar...
É me ver um pouco nos olhos deles, e saber que eu de certa forma também já estive naquele lugar...
Fico buscando uma forma mais correta para expressar tudo isso que sinto quando estou na sala, não poderia explicar de uma forma melhor que os amigos que tanto admiro, sim, são as pontes, a surpresa, o amor pela arte, mas é mais.
Busco um pouco que eles possam entender que através da arte podemos dizer muito mais do que com palavras, podemos mostrar aquilo que não queremos dizer. Quando era eu ali aluna, me escondi atrás da arte, me perdia em meus desenhos e me sentia menos sozinha, até hoje faço assim, me escondo um tanto, me mostro pouco, tenho medo. E é ali na sala de aula, são os pequenos quem realmente me conhece, é ali com eles que sei ser palhaça, que sei ficar engraçada, é ali com eles que não sou julgada e nem julgo.
Eu volto todos os dias e voltarei sempre, pois é ali que sei ser feliz, é ali que me sinto completa, e talvez seja egoísta dizer, mas as vezes acho que é egoísmo mesmo, pois eu aprendo todos os dias, voltar é uma forma também de retribuir, voltar é uma forma de dizer obrigada.
Voltar é tanto mais que só isso, eu volto, pois estar ali é um vício, estar ali é um pouco paraíso.
Ainda não sei dizer tudo o que me faz voltar...talvez volte aqui amanhã para dizer mais, talvez eu volte todos os dias aqui, pois a cada dia, descubro um pouco mais o motivo, as razões que me fazem lecionar.

12.1.08

Estou ali sentada lendo livro, tentando ocupar a cabeça com coisas menos fúteis. Estou ali sentada de maneira displicente, os olhos acompanham palavras, linhas, vírgulas, pontos e parágrafos, mas são só os olhos, e quando percebo, volto algumas páginas e tento retomar, as vezes parece que não consigo sair do mesmo lugar.
Ali estou eu sentada, procurando uma forma de me distrair, querendo gritar, querendo sorrir, ali estou eu tentando fingir que tá tudo bem, segurando com força todos os impulsos a que sou repelida.
E nem sei mais nada, nem lembro mais como era, nem sei como vai ser.
E lá venho eu aqui de novo querendo dizer tantas coisas entre as linhas de luz refletidas na tela de um computador, de que valem essas palavras se não são acompanhadas dos olhos? De que valem as palavras se não estão com a tonalidade certa da voz que pensa? De que valem todas as palavras do mundo se não posso provar meu ponto de vista?
Valem só aqui, pra mim, bela covarde, se escondendo atrás da tela, tentando dizer muito mais do que poderia... Bela covarde eu, aqui trancada em casa, cabeça longe, coração mudo, ansiedade pura, me escondendo, de tudo aquilo que ainda é preciso enfrentar.

Parece a cabeça pregando peças no coração, tudo funcionando numa velocidade que nem posso mais acompanhar, tanto a fazer e me sinto sem forças, nada parece tão real quanto pareceu ser num outro dia qualquer, só posso fazer imaginar já que não tenho forças para fazer mais nada, me deito na cama fecho os olhos, tento esquecer, procuro imagens guardadas que não tenham nada a ver, procuro músicas que não possam me fazer reviver, procuro qualquer coisa que faça um pouco disso tudo parar. Como num carrossel sem controle, girando e girando sem sair do mesmo lugar, nem posso mais ver, está tão rápido que são apenas cores flutuando em volta de mim...

Pessoas a minha volta procuram respostas que justifiquem meus atos, não existe resposta e não me importa justificar mais nada, sou o que sou, assim mesmo, as vezes sinto que os outros ficam buscando algo para poder me classificar, como uma espécie de animal desconhecido, qual o gênero, qual família, que espécie? Nada disso, desculpe, não sou classificável as vezes um pouco Rita, assim, meio mutante, só uma garota, procurando ser mais do que feliz, só uma pessoa, mudando de idéia, atravessando as ruas, perdida no meio do caminho.

Só eu do jeito que sei ser, só eu, sem rótulos, só eu indo sem me importar, sem querer me explicar ou justificar. A imagem toda é mesmo um tanto confusa, parece tudo um tanto desconexo, corpo, alma, rosto, imagem, roupas, casa, fala, as vezes parece que é um retalho de tudo um pouco, é assim que sou, não vou justificar...

Toda errada mesmo, e no meio da cominho talvez mais erros, um pouco menos corajosa eu acho, estico os braços, forço os dedos, tento alcançar o inalcançável, não há nada lá, só ar, estico o corpo, está escuro, nada, um puro vazio, uma imagem que eu mesma criei e que talvez não exista, eu, assim, procurando querendo encontrar algo que talvez não exista, estou cansada, já não tenho mais forças.

Só minha cabeça pregando peças no coração, só eu tentando encontrar o caminho entre o certo e a razão, e não sei mais em que parte de mim eu posso confiar, coração tá meio mudo, calado e a cabeça falando sem parar, gosto mais de ouvir o coração, que cego de paixão não sabe dizer não, quero mais é ouvir um som e dançar sem me importar...

Me sinto dias, na beira de um precipício, a segurança do chão desagrada, fere os pés, queima o corpo, quero o vento do salto, e talvez dure apenas um segundo até mais uma vez encontrar o solo, mas não é por esses segundos que vivemos, sim, eu sei, quero algo mais concreto, mas neste momento, apenas a opção entre o asfalto quente e o voo, que tipo de pássaro seria eu se não batesse as asas?

9.1.08

Ali na esquina começa o caminho, daqui posso ver toda sua extensão... o que se segue virando à direita, tons de bege, nem quente nem frio, caminho planejado, linha reta, rua bem asfaltada, seria tão certo se não fosse errado. Seria certo se não fosse eu assim como sou, seria certo se a racionalidade passasse por cima da emoção, seria certo se fosse fria, mesquinha e calculista, seria certo se eu fosse outra...
Entretanto existe um outro lado, o caminho que se segue à minha esquerda, ali, não posso ver bem o que me espera, acho que tem umas pedras no meio do caminho, algumas nuvens de chuva, e um cheiro de terra molhada.
Eu tiro os chinelo já velhos e desgastados, de pés no chão, vou me virando lentamente, ainda não, mas já posso sentir a terra sob os dedos, é o desconhecido, é o que quero, é pra onde vou.
Já sei, que ali, nada será tão fácil, alguns lutas por objetivos nobres, talvez encontre derrotas, outras vitórias, não importa, o certo é que é ali, naquele caminho incerto que encontrarei o que é mais certo...pra mim.

5.1.08

SemAcento

Desse jeito sem tempo sem sentido, so sentindo, sem acento sem tempo so medo, caminhando pensando, refletindo, sem sentido, so indo, as vezes musica, outros passaros, tem dias que so vento, e o cheiro que entra, inalo, transpiro e nem sei mais...
Uma certeza incerta de que na curva encontro a resposta, mentira, nao esta la, so mais uma parte do caminho, e ainda sem uma resposta que eu possa realmente tocar, uma bifurcacao, e eu tenho que escolher, as vezes so queria esperar, nao da mais, tem que ser...uma hora vai ter que vir.
estou tao longe la longe que nao da nem para alcancar...assim mesmo meio confuso, a falta dos acentos deixa tudo mais dificil de ser compreendido quando lido por olhos distantes que nao sabem o que e para ser lido.
Nem eu sei, quero so dizer, falar que aqui nao ta nada facil, antigamente estar aqui ajudava, no meio do mato, o cheiro da grama, o vento antes da chuva, a cerveja la fora e poemas escritos com maos tortas...nao esta ajudando, nao decido nem defino os contornos do caminho.
Me parece que ja passei por tudo isso, e agora e definitivo e eu quero mais...
O tempo esta passando e nada esta ficando mais facil, uma hora vai chegar o momento, estou esperando, sempre gostei mesmo de deixar tudo para a ultima hora, entretanto estou sendo mais soncera, mais honesta e tenho dito um pouco mais de tudo isso que sinto, da ate alergia...risos?
Nao vou nem conferir os erros de ortografia, deixa assim mesmo, somos todos feitos assim desses erros meio estupidos que deixamos pelo caminho, uma hora eu volto, vou direto pra sao paulo, quero ir nos lugares que gosto, tomar vinho no restaurante da Pinacoteca, ficar olhando os transeuntes da paulista, vou caminhar no ibirapuera, sentar num boteco com a galera...esquecer um pouco e sonhar de novo...