27.9.08


Até quando é para sempre?

Parece um tanto drástico não? Um toque de pessimismo apaixonado... Mas não, não é isso não, talvez um pouco disso, mas com algo escondido no fundo...

É o não saber, é o já não conseguir correr mais mesmo se eu quisesse, não quero, as vezes os pés colam no chão, já disse isso, ficam ali, sem saber bem como agir, estática.

E é a saudade constante, mesmo estando presente, é o não querer nem dizer nem: até já.

São as palavras que trocamos que ficam ecoando sem parar, é o sorriso constante que fica marcado no rosto, o coração bate acelerado, as vezes por lembrar, outras por puro e simples medo, esse ainda não me abandonou...

Mas já não posso mais correr...

E as vezes é num futuro incerto em que se encontra meu pensamento, paro, não posso, que um eternamente isso, mesmo entendendo que como dizia Vinícius: "...que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure."

Hmmm, não, não quero que seja chama, se for, quem sabe um pira olímpica que não se apaga!!! É possível não é? Me diga que é, pelo menos acho que é no que acreditamos.

Vou contar um segredo, mas fica aqui entre nós, só me resta um pé no chão, ainda cravado, mas é só um...

Existiam inúmeros muros de proteção, torres de observação, o coração era um belo forte, muito bem guardado por soldados de um passado nem tão distânte assim, e você foi assim, de mansinho, passando por tudo, sem que nada nem ninguém pudesse impedir... de verdade, agora falta tão pouco...

E imagino, que provavelmente, quando bater na porta do coração, tudo já estará um tanto escancarado, só esperando, mais uma vez, você entrar.

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