29.6.07

SonhosEVerdades


Elevador, escadas, surpresa, surpreendida, amigos, correr, esconder, lágrimas, descer, parar, olhar, não crêr, um presente, 1,99, pensando, escuro, conheço, já disso, textos trocados, continuados, apagados, modificados, incerteza. Falávamos do tempo, não me lembro, uma música, mudei o final, nada do que foi, acho que era assim, de novo do jeito que já foi um dia, isso, um oceano, cheio de lembranças, será que ainda será? Dois do mesmo, no mesmo dia, portas fechadas, ou apenas encostadas? Não há como saber, só o tempo. Procuro saber? Não sei se quero, a surpresa pode ser boa, gosto de ser surpreendida, da maneira que for, é o aperto fininho que dá no coração do não saber.


Ainda quero, um pouco mais dessas pequenas coisas, quero muito mais de tudo um pouco, nem tudo, nem tão pouco. Dias corridos, muita coisa pra fazer, não dá pra dormir, adoro, assim, sonho acordada, coisas que ainda virão, de umas já sei, tantas outras, nem quero, ainda vou fugir, passar um tempo só, no meio do mato, escondida, no sol, na água, recarregando energias, pensando na vida, sentar no meio da estrada, ver o carro de boi passar, com a leveza de uma brisa, sem pressa, sem brigas.


Ainda meio bagunçada, um gosto na boca, salivando, esperando sentir, eu vou, é o que quero, ainda quero, antes que não tenha mais graça, esse prazer ainda quero sentir, já está acabando o tempo que tenho, mas virá, pelo simples fato de que quero que venha, nem tão poderosa assim, tenho apenas essa minha certeza de que quero, preciso ver isso de perto, é doce, tão doce que chega a enjoar, mas quero, me lambuzar desse sentimento ruim que nesse momento é tudo para mim.


E então seguirei, sem mais me importar, pois aí sim, terá sido justo, correto, exato, preciso, mas não só por isso, mas porque o outro lado é bom demais, e dessa vez sem pensar no daqui a pouco, nem no amanhã, apenas o mel dos olhos, adoçando um pouco a vida, quero sim, quero mesmo, escuro, música alta, uma caixa fechada, surpresas.


Cores, todas? Não sei, não lembro mais, um frio gostoso que entra pela janela, desperta, acorda, um novo dia, mais vida, mais um dia, tantos outros, sem pressa. Pensamentos novos, de uma vida já vivida, pondo tudo para fora, arrumando a casa, o novo não se demora a chegar, tudo têm de estar em seu devido lugar, para poder bagunçar de novo.


Voando, revirando, chamando, gritando, apenas o de sempre, dessa vez sem pressa, na hora que chega, esqueço de tudo, corro, fujo, sinto, acredito, mais instantes para guardar, não existe mais espaço, dou um jeito, entulho, enterro, não importa, sempre cabe, mesmo não fazendo parte, sempre há espaço, para mais passos.


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