28.6.07

Descobrir


Preciso de um tempo, descobrir novos rumos, procurar novos objetivos, rever minha prática, repensar um pouco quem sou, agora, tudo meio novo, decisões, adiadas por tanto tempo, estava um tanto alheia creio eu. É um constante questionar do dia-a-dia, será que está ajudando, acho que perdi um pouco das minhas crenças, recomeçar tudo de novo, isso é preciso, todos os dias, questionar o que se faz.



Ainda entendo a arte da mesma maneira que entendia lá atrás, me questiono se tenho feito um tanto disso diariamente, não comigo, mas com os pequenos, percebi o sorriso, quando tudo era mais leve, quando eu não me preocupava tanto com o tem que ser, ainda estou aprendendo muito, ainda é tudo muito novo, mas é isso, é isso que quero, mas quero mais disso, encontrar novas saídas, onde procurar?



O que realmente faz a diferença? Se sempre bati o pé pela individualidade, como posso hoje tratar como se fossem todos iguais? Me incomoda o fato de não ter tempo para cada um, então preciso encontrar uma coisa que leve todos a caminhar, a pensar em si, mas como se me preocupa também o ter que ter algo concreto, penso que os resultados são mais subjetivos do que isso, é tão pessoal para cada um.



Gostaria de me sentar com cada um deles, fazer um planejamento diferente, pequenas oficinas dentro de uma só, será que dou conta? Se me preocupa a tinta na parede, nos bancos e no chão, tantas pequenas burocracias diárias que acho que acabo perdendo um pouco da prática.



Preciso de um novo plano, encontrar uma nova eu para eles, me questiono todos os dias, estou certa? Não quero ser a professora que não pensa neles, quero ser a que pensa neles todos os dias, acho que preciso desse tempo que está chegando, chega hoje, para pensar, voltar nova, focada, neles.



Entenda, que as crianças são meu maior motivo, me fazem nova todos os dias, mas sinto que ultimamente deixei elas um tanto de lado e pensei só em mim, e é tão difícil admitir que acho que errei com eles, mas espero que ainda dê tempo, de fazer tudo novo, e de finalizar o ano com meus pequenos sorrindo, é o que quero, para eles e para mim, o sorriso deles me move, me alimenta.



Deveria olhar para as fichas? Buscar diagnósticos? Não acredito, não é o diagnóstico que traz as respostas, são os olhos, os sorrisos, as mãos sujas, é isso, é nisso, pensar em cada um, relatar cada um procurando neles a solução!



Eu errei, bem a tempo de descobrir e mudar, e percebo que errar faz parte, sempre fez e defendi isso, o erro nos faz pensar pra frente, mudar o ponto de vista, buscar novos caminhos para acertar, mais leve agora, mais contente, por saber que sempre posso, me achar entre os erros.

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