27.6.07


Necessidade de escrever, sem saber o quê, sem motivos, ou títulos, ou lembranças, apenas escrever, as vezes é assim, talvez no meio do texto encontre o motivo das palavras, um pouco sem nada creio eu, acho que o coração tá meio apertado, medos vazios, sem o ter que ter realmente, afinal, não seria possível mesmo, acho que é um pouco do Adeus, acenando os braços, por isso a angústia, o querer viver novos momentos, não se vive do que já se foi, apenas o é, faz parte, intrínseco dentro do ser.

Palavras já estão clareando, entrando, fazendo entender, entrando na pele, já faz parte, as agulhas curaram um tanto da dor, agora já cicatrizando, agora as palavras penetram na pele e se fazem compreender, não por ninguém em especial, foram momentos que me fizeram entender novas coisas, a respeito de mil outras da vida, não apenas do coração.

Como me fazer entender de forma mais clara? Cada momento de reflexão sobre o que já foi me mostra que os momentos, todos, cada um deles, foi, infinito em sua própria beleza e sentimentos e sensações, que devem ser guardados, foram sempre o que deveriam ter sido, certos ou errados, a eternidade, é isso que fica, sempre, sem remorsos.

E é preciso não parar nunca, nada espera, o relógio não pára, é precisos alimentar com novas coisas, regar novos sentimentos todos os dias, não deixar nada morrer, e não importa se ainda estará lá ao amanhecer, ficou o que já se foi, e novas coisas ainda virão todos os dias.

Correndo contra o vento sempre, revirando olhos, sorrindo, esquecendo da etiqueta, das boas maneiras, falando alto, dançando sem ninguém olhar, que venham os novos e os velhos momentos, há tempo para tudo menos para ficar parada.

Não importa mais se sozinha ou acompanhada, importa o que sinto, e como isso toma conta do corpo, precisei descansar, deixar o corpo inerte por um dia inteiro, acordar para perceber, é como um cavalo selvagem guardado na garagem, precise ser livre, correr por qualquer lugar, saltar pelos carros parados no farol, tenho pressa, não posso mais parar, acompanhe de puder ou quiser.

Não existem planos para o amanhã, ele chega, se tiver de chegar, ele volta se tiver de voltar, mas existem poréns, sempre existem, tudo é só, se eu quiser, como quiser, da maneira que eu quiser. Agora peguei as rédeas com as mãos nuas, o coura arde entre os dedos e seguro cada vez mais forte, agarrando cada instante, sentindo com intensidade das águas geladas.

Indo, indo, cada vez mais longe, mais perto de onde quero estar, não existe um limite cada vez mais alto, rindo, indo, indo, rindo, indo, alternadamente ao mesmo tempo.

Parece confuso? Não importa é assim que é a vida, e é deitada na cama, que tudo encontra o seu lugar, sem que seja preciso pensar muito, as coisas se encaixam.

Não esperarei mais a vida, ela já está aqui.

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