16.7.07

LágrimasSorrisosETentação




E depois de tudo, um sorriso, doce, ingênuo, um sorriso, simples momento onde tudo é esquecido, um brincadeira, singela, por tão poucos entendida, nossa, e não é fácil, depois de tudo, acordar e lembrar-me de que sorri, simplesmente sorri, saber que depois de tudo, isso também o fez sorrir.


Neste momento me parece que a vida me mostra outros caminhos abre outras portas, prendo meus pés no chão, como explicar que depois de tudo, se pode voltar atrás, viver sem ter aquilo, acontece que a racionalidade não me entra, seria mais fácil entrar, aceitar o pedido, mas depois de tudo, da paixão, do corpo quente, seria morno, e tenho medo de voar novamente para longe e fazer outro coração sangrar.


E são curtas as linhas que me fazem sorrir, relembrar, brincar, provocar, satisfazendo um pouco, nem tanto, mas tem o outro, e as promessas são sinceras, verdadeiras, mas e tudo aquilo que move? A paixão, me disseram, com todas as letras que A paixão é fácil. Só quem a viveu com toda sua intensidade, sabe que não, pois quando a paixão se vai, acaba, parece que falta um pedaço.


Seria eu capaz de viver na calmaria do amor? Sem queimar, sem arder, sem braços, sem suor e vento, sem carne e beijos, braços e lágrimas, lábios e língua... O amor me parece seguro demais, como estacionar à sombra de um velho carvalho, não quero segurança, quero vento, vendavais e tempestades, trovoadas, sentidos plenos, olhos fechados diante do salto, abrindo ao cair, quero isso, coisas que me movam.


O amor é seguro demais, posso eu me acostumar? Perderia tudo o que sou, o que me move e faz viver. Será que sou eu quem confunde o que é o que, ou vagarei pela vida de paixão em paixão, fugindo como o diabo da cruz do amor, entendo eu o que é amor?


Não há como comparar são sentimentos tão distintos o que sinto neste momento, mas me prendo ao sorriso, algo precisa acontecer logo, tão logo seja tarde demais, que não saberei nem mais, como já não sei explicar.


Talvez nem um nem outro, algo novo, uma nova coisa, qualquer coisa, que me faça sentir, essa confusão de nomes e declarações, de opções e soluções. Deste momento em que tenho que escolher e não quero, a vida que me leve, me deixe viver momentos, não quero tomar mais decisões do que as que já tomo diariamente, ainda mais esta que pode ferir um outro ser.


Me prendo ao sorriso, as vezes acho que ainda acredito, as vezes ainda quero mais ver, braços, mas não devo, não sei, e foi no exato momento em que as flores já faleceram, algo brotou da terra, tão frágil, tão novo e tão conhecido. Das cinzas, uma pequena chama, e me parece consumir, mas pequena, ínfima perto de tudo que já queimou, que me afasta da calmaria, mas me afasta da calmaria.


Um Chinfrim um dia me disse: descobri que amo, eu não entendi, como se troca tudo o que foi, por algo tão calmo, sem fogo, hoje entendo menos ainda, pois chegou o meu momento de virar as costas para a paixão, e eu não sei se quero.


Algo desse ordinário ainda vive em mim, desses momentos intensos, que me fazer flutuar, trocaria o céu pelo chão? Andaria eu por caminhos comuns, perderia minha essência, que é voar.


Ainda confusa, entre o céu o mar...




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