4.7.07


Silêncio, calmaria, nem nada a dizer, cabeça anda meio vazia demais da conta, coração ainda pulsa, seu eco faz vibrar o corpo leve, sem mais movimentos, inerte, sonhando com um filme todo em branco, cabeça encostada, sono, olhos fechando, bocejos, nada, sem sentir nada, estranho.

Sem saudade, nem falta nem tem, é essa a paz de que as pessoas falam? Não estou triste, nem feliz, só assim, meio sem nada, não sei se gosto ou desgosto, é novo, acho que talvez um incomodo, é, pode ser isso, não quero gritar, nem sussurrar palavras, acho que falta um pouco de paixão, de tempestade e tormenta, ondas batendo, vento soprando, fazendo tudo ao redor voar, mas o céu hoje acordou claro, tons amarelados, não venta, mas faz frio, não ligo, não me importo, meio inerte mesmo, como flutuando e mar aberto, sem ondas, sem peixes, apenas o som da respiração, ar dentro, ar fora, mais nada, silêncio.

Aumento o volume do rádio, está abafado, ou sou eu? Vozes ao longe, nem me esforço para ouvir melhor, vou seguindo sem pressa, o dia demora a passar, nada para fazer, nem filmes, mas filmes me fazem sorrir ainda, acendem algo dentro, mas acaba, tão logo subam os letreiros, falta uma luz, talvez, ou não, nem sei.

É como estar e não estar ao mesmo tempo, fazer parte sem prestar atenção, meio zumbi, nada parece se mover também, nem vontade, em câmera lenta, rodando rodando, tão lento que nem me sinto tonta.

Parece que está tudo atrasado mas também sem pressa de chegar, falta algo que me faça querer mover, não quero procurar também, aí fico, aqui parada neste lugar que não sei onde é, olhando para os lados, sem vontade de nada, respiro fundo, olho em volta, inúmeros caminhos, nada que me faça querer correr.

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