Família, brigamos, berramos, choramos, conspiramos, rimos, batemos, abraçamos, elogiamos, vivemos, somos, fomos, seremos sempre, ficamos longe, estamos perto, sentimos saudade, dizemos que nunca mais, amamos, odiamos...aí tanta coisa de família, mas crescemos, crescemos juntos e ao mesmo tempo separados, creio que a palavra certa é amadurecemos.
Engraçado ser irmã, meio-irmã, será que a classificação do meio quer dizer que sou só metade? Que se fosse irmã inteira amaria duas vezes mais esses irmãos, que hoje são só meio? Será que não termos sido criados juntos interfere no fato de sermos irmãos?
Me ocorre agora, sou meio-tia também, olhe pequenos sobrinhos, chamem-me de ti só, pois tia mesmo só se fosse irmã inteira, idéia gozada, pois embora a distância roube-nos o tempo de criança e de tantas brincadeiras que não fizemos juntos, sinto-me tia inteira, sorrio só de pensar no sorriso do meu menino, vejo-me menina nas brincadeiras da pequena bailarina.
Hoje estive com a família, e nada pode mudar tudo o que senti, pois tudo mudou, embora sejamos os mesmos, já não o somos mais, o brilho em nosso olhar mudou, isso pode nos contar muitas coisas, talvez estejamos resolvendo todos os problemas de um passado que já nem lembramos mais, e talvez seja a última vez de nos reencontrar num seio familiar, mas espero ainda poder encontrá-los em outra vidas, pelo menos pra tomar um café.
Ninguém explica família, se vive família, se se quer, ou não. E se for pra ser sempre assim, quero viver família todo dia.
Sei que parece um post sem graça, mas pra mim vale muito, e talvez não rime, talvez não pareça profundo, mas é, mesmo sem rimar.
Um comentário:
Mais um texto maravilhosamente carregado de verdade! Amei!
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