30.5.07

MedoConfesso


Medo, confesso, é confesso esse medo, me colocou no banco dos réus, admito, tenho medo, tanto medo do que pode estar acontecendo neste momento, sei que prometi não deixar esse sentimento me consumir, mas sou culpada, confesso, poderia alegar insanidade temporária, mas quanto tempo demora isso para passar? Já é tempo demais para ser temporário e tempo de menos para querer saber notícias que apaziguem esse tempo que corre lento para saber de você.

É medo, puro e simples como dois e dois são quatro, medo de você ter caído na real e agora achar que tudo isso não passou de um fogo brando, ou mesmo um fogareu que incendeia tudo e logo morre, mas para mim está tudo bem vivo, queimando por dentro, consumindo cada célula, sem pressa, ardendo, ardendo o tempo inteiro sem cessar, de mãos atadas, espero, ansiosamente espero, pelo toque do telefone uma notícia, um suspiro, silêncio, qualquer coisa, mas não posso, não vou, é o seu tempo, o seu momento e é preciso respeitar.

Será que você voltou atrás? Sei que disse que acreditaria e me agarro tanto às minhas promessas quanto aos teus olhos, mas tenho medo, confesso, e isso não vai passar.

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