29.5.07

QualÉOSeuOlhar


Como olhar com diferentes olhos para o que se vê todos os dias? Qual a melhor forma de buscar a melhor forma para o que se faz diariamente? Será que basta apenas falar sobre o olhar ou o melhor seria mudar de posição? Diferentes ângulos, facilitam a visualização do todo, já pensava isso Picasso ao iniciar o tão famoso cubismo, a visão do todo, partindo de suas diversas faces...não seria mesmo a arte uma inspiração? É, sempre é, mas infelizmente as vezes temos menos voz, por que será não é mesmo?

Não importa, ao menos não nesse momento, não com essas dúvidas, na verdade não são nem dúvidas, é uma questão interna, subjetiva, totalmente pessoal, intransferível.

A questão aqui é o olhar para e sobre o outro, falamos muito sobre ver o outro, olhá-lo realmente, mas entenda a dificuldade disso, numa sala de aula, com mais de um aluno, como olhar um, como descobrir nesse um o que motiva o todo, será mesmo que olhando o um, poderemos ter noção do todo? Contemplaremos o todo? Como numa sala de aula fazer algo no coletivo que acerte naquele individual que tanto nos causa angústia e sofrimento?

Existe uma forma de saber que a sua prática fará brotar algo ali dentro? Qual a melhor forma? Existe um erro? Existe um certo?

São tantas questões que me surgem neste momento e me parece que quanto mais penso mais questiono minha prática diária...me move o brilho no olhar, me motivam os abraços, as falas, as bagunças, os momentos, mas as vezes, na verdade diariamente me questiono, isso me consome, não quero mudar o mundo, quero proporcionar experimentações, novidades, ensinar e ver, a sentir, mas é isso que eu faço, me pergunto, e sinceramente, talvez nunca saiba responder.

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