Guardamos nossas verdades para nós mesmo, as mentiras que contamos enganam apenas o próprio coração, fechamos os olhos para não ver o que está na frente, esquecendo que na verdade está dentro, palavras, injúrias, calúnias, provocações, nada, nada fará mudar a verdade que guardo. Nenhuma palavra foi um dia usada para ferir, eram e são e sempre serão a minha verdade, não me importa se ferem ou transformam, são palavras, expressões de sentimentos legítimos, se olhasse nos olhos, saberia ler que por dentro são palavras ainda mais duras, verdades mais cruéis, não quero, não vou, levantar a voz disse o que queria dizer, talvez não tudo, mas não importa, não serviria de nada continuar falando, palavras não fazem a dor desaparecer, não quero mais nada, vai passar. Minhas verdades, são só minhas e não valeria de nada explicar que não faço para ferir, não quero explicar nada.
São os grandes e pequenos tombos e tropeços da vida que nos tornam mais fortes e formam quem somos, dei um rasante sobre a terra vermelha, ali, onde me parecia haver um belo riacho, devia ser o calor, a vista confundiu, caí, foi feio, mas não quebrei a asa, apenas feri, ainda sangra, nessa poça de sangue, encaro meu rosto, olhos fundos, mais ainda mantém seu brilho, a ferida vai cicratizar, e baterei as asas novamente, levando em meu coração penas mais uma cicatriz entre tantas outras, aprendendo pela dor o que poderia ter visto apenas com os olhos, mas sou assim, me encanto e me deixo levar. Culpa minha, não existe mais motivo para dizer duras palavras, acreditei no quis ver, fechei meus olhos, mergulhei, e o fiz pelo simples querer.
As lágrimas vão secar, e tão logo o sol me aqueça, esquecerei de tudo, belo castelo construído sobre o nada, construí porque quis, e não há motivos para culpar qualquer outro, seria mais fácil realmente, pois sempre o é, mas não o faço, por saber que ando e voo, por onde bem entendo e que de maus passos só quem sabe sou eu, eu vi a curva e caminhei por ela, entre belas árvores cheias de flores e frutas, de cores intensas, e cada passo, andei sorrindo, nada paga a felicidade de ter andado por tão bela trilha, nem a tristeza, de chegar no fim do caminho, acabou, é hora de achar um atalho para a estrada.
É certo que neste momento, me sento olho para trás, tentando entender, mas não quero no fundo pensar mais, estou ao sol, esperando o coração aquecer, e ele irá. Esta é a certeza que guardo, trilhei porque quis, andei porque bem entendi, então não existe culpa que não seja minha, não existem momentos que não tenha buscado.
Vês, estou escrevendo, belas palavras, com sangue e lágrimas em um pouco de areia do que sobrou, não apagaria as duras palavras escritas com fúria, entre lágrimas, mas hoje, já não sinto mais isso, o sangue seca, a ferida fecha e a vida que segue, é linda, é minha e como sempre será vivida.
Um comentário:
AHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA.....
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