10.6.07

NãoDitasNemIrão


Não sei como seria, nem o quero saber, é o algo novo que não me faz tremer, mas são as conversar, os pensamentos, a saudade, o sentimento, não é nem lá nem cá, ainda morno, mas querendo borbulhar, não sei se pelo álcool, ou pelo passado que já quer passar, é o querer saber mesmo não tendo como, é o momento presente que está assim, não como queria, nem como não quero, só assim, presenteando, passando, normal.

Creio ser esse o problema, normal...vi filmes esses dias que me fizeram refletir, filmes bobos que refletem exatamente o que já sei, o que vai ser, e que merda, não poder fazer nada além do que já fiz para querer dizer dos erros, das angústias, do não poder voltar atrás, já vivi isso, já vi esse filme e já li essa história, já sei o final e que grande e enorme merda, não quero nem vou dizer, pois parecerão palavras soltas no ar, parecerá desespero, mas sei e não posso explicar, queria colocar cara-a-cara, presente e futuro, para saber, mas não adiantaria, pois não se aprende sem viver.

Como ficar com as mãos atadas e deixar que isso se vá, mas vou, sem problemas, consciente, vou, mas ainda quero ouvir, parece que não vou, se foi, me disse que não mas foi, e eu esperei, queria ouvir, queria mesmo, olhar nos olhos, mas, é, parece que não, medo? Não, espero que não, espero que qualquer outra coisa, não medo.

Estranho, engraçado, tudo tão, tão diferente, e eu não disse metade do que devia, é meu único arrependimento, não ter dito, disse, de outras formas, mas não ecoaram as palavras de meus lábios, ecoam agora, sozinhas, falo pra mim, grito, berro, mas não foram para quem deveriam de direito, palavras, meras expressões de sentimentos, palavras, que me importariam ter sido ditas, tantas, tantas... Não, não valeriam de nada agora, seriam apenas como areia jogada ao vento, palavras, não ditas.

Será que um dia, qualquer um ainda, um dia, direi, sim, direi, não serão para o mesmo, espero, não sei, na verdade no fundo sei, hoje quero, mas, não, amanhã não, será outro, ou qualquer outro, mas não, não o mesmo, esse já foi, já passou, se foi, ficará apenas a rusga de não ter-lhe dito, e ouvido tudo que devíamos, se foi o tempo, e é isso que sobra, aprendendo que não importa, mas tudo, tudo mesmo deve ser dito, apenas revelarei uma pequena, ínfima parte, do tanto, também me fazia, querer ser mais e melhor...

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