6.6.07

Silêncio




É o silêncio que me mata, que consome cada célula ainda vida de uma casca quase vazia, é a vontade de saber em uma linha, de ouvir em uma palavra, são momentos que me fazem perder o dia, esquecer do caminho.


Esse silêncio surdo, mudo, cego, me fere, contamina, assombra, assusta, me pega de jeito me joga na cama, silêncio absurdo, sem pressa, fica aqui do lado, calado, eu berro, canto alto, e bato, mas nada, é só silêncio e calma, mas nada, o telefone toca mas não é ninguém, o celular apita, mas não é nada que eu queira saber...Ouço vozes que não me respondem da boca que quero ouvir, vejo olhos que me olham mas não têm nada a dizer.


A ansiedade, do não saber que já se foi, e não voltará, um vazio apenas tomou seu lugar

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