8.6.07

TempoPresente


Segundo Krishnamurti, "Se não houvesse amanhã, somente o agora, o medo, enquanto movimento de pensamento terminaria". Não precisaria dizer mais nada, nem refletir na verdade, as palavras do mestre dizem muito, na verdade dizem tudo, não existe um amanhã, é tudo hoje é agora, é esse o momento, e quem seríamos nós, seres comuns, pensando apenas no que há de ser, tanto será teu medo que quando olhares para trás, verás que na verdade, nada viveu, paralisado pelo medo do que será, terá apenas um ontem vazio.

Não me arrependo do que foi nem do que hoje se transforma, cada novo cintilar do hoje é apenas o estopim da chama do amanhã, não me preocupa o precipício, nem as mágoas, muito menos o choro perdido, se não viver o que é, não terá nada que seja, a vida se transforma no eterno agora, com pressa do que é vivo, não há como me enterrar em medos e frustrações, são apenas mais páginas aprendidas e apreendidas, momentos que fogem, se piscar os olhos, não vou piscar, nem um segundo sequer, passos firmes em direção do agora, rindo, sorrindo, vida!

Quem são os corvos à espreita na estrada, meros observadores sem vida, quem me julgará no fim da vida além de mim? É meu o momento, para ser vivido e as convenções da vida ordinária não me agradam, quero mais que tudo isso, mais que um simples respirar, quero arfar todos os dias, não caber dentro de mim, é assim que levo o meu mundo, momento particular, só meu, para usar sempre a meu bel prazer, meu, é assim que quero tudo, para mim, do jeito que eu quiser levar, meu no eterno agora do puro gozar.

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