15.11.13

Respostas


Página em branco e eu aqui pensando, buscando uma forma de colocar em palavras... Nada, vazio, e na impossibilidade de colocar em linhas toda história que quero contar, é que me vejo no meio de uma história que mistura o abstrato e o surreal... Possível?
Creio que nem se contasse de cada detalhe que lembro, não me lembro de todos, ainda sim seria difícil encontrar respostas...
Então fiz, fiz o que qualquer pássaro com a quantidade de voos que tenho, faria, bati asas, disse adeus, fechei a gaiolinha e voei...
Simples assim, sem dor, talvez um buraquinho de vazio, um fiozinho de saudade e uma lágrima solitária no canto esquerdo do olho, fui, talvez nem tão longe assim, mas fui, sobrevoo ainda olhando,  procurando, esperando talvez uma resposta, um aceno, um qualquer coisa....
A gente voa, a gente se afasta, mas isso não quer dizer que deixe de buscar respostas, não deixe de querer entender o que não é obvio, ou será que é e só eu não vi?
Cá estou, deitada na cama de pijamas esperando por algo que não sei o que é, com o desejo e a sensação de ter o mundo nas mãos, cá estou eu respirando, viva, vivida, inspirada, resumida em palavras....
Eu e minhas reticências, é a vida por vida, é o tempo que corre, brinca e passa, é o instante que passa, mas gruda na memória. Estava eu aqui, procurando palavras para contar um história... Mas já me perdi nos devaneios, ah os amados devaneios, que me levam para tão longe, que me fazem sentir tão viva dentro de mim, ah meus olhos cansados que olham o mar, meus pés calejados na areia fina, meu corpo suado no frio do mar.
Sorrindo entre amigos, num riso infinito daqueles que não querem lembrar...
Te amo vida, sempre mudando, sempre voltando, sempre me levando para qualquer canto...

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