12.12.13

EuAcredito


Eu acredito, confesso, envergonhada, eu confesso, confesso que acredito no ser humano, confesso ter uma fé inabalável de que a mudança é possível. Creio na humanidade, creio que em todos reside uma verdade, que há beleza a ser descoberta em cada um de nós, sim, eu acredito, mais do que em Deus, acredito no homem, nesse ser de inúmeras faces que vai seguindo pela vida bêbado, trôpego, indo, rindo, seguindo e perdido, há em cada um de nós um pedaço pequeno de um todo muito, muito maior, sim, eu acredito no homem! 
Ah, e essa fé que eu tenho, sim, um pouco inocente, procurando encontrar resposta para os erros, buscando soluções para o que está torto, sim, eu digo, confirmo, sou até inocente, nem ligo, é nessa inocência que finco minha existência no chão, onde cravo e agarro minhas raízes, é justamente na inocência de meu próprio olhar que posso crer em algo melhor! 
Sim, eu me engano eu sofro, eu, tanta vezes olhando nos olhos digo verdades, ouvindo mentiras e sigo crendo, as vezes tem algo lá dentro que apita, um sinal vermelho que fica girando e piando e rugindo e eu sigo crendo, fecho os olhos e penso que mesmo na mentira do outro deve haver algo mais, tem que ter, cada um de nós tem a sua própria verdade, então, eu sigo...
Claro que também nem tanto assim, nada é tão simples assim, não sou tão boa assim, reconheço (depois de apanhar muito) a maldade do outro, vejo, mas não compreendo, que as pessoas são maldosas, que existem pessoas que fazem coisas ruins com o único intuito de magoar e machucar...
É aí que reside toda minha questão existencial, eu, de verdade, não entendo essas pessoas, não compreendo como tem gente que prefere magoar o outro do que ver o seu sorriso, não entendo, não entendo e ponto, não entendo e pronto.
Acho que é aí que mora minha ingenuidade, sou assim, eu gosto do ser humano, eu faço pelo outro, eu procuro não mentir, eu tento fazer tudo certinho, acho engraçado, enquanto eu escrevo, fico eu mesma me julgando, eu mesma pensando, olha só que boba, lá faz tudo certinho, que caxias, que piegas... 
Que loucura isso, até travei agora.
Como pode? Mas é verdade né?! Por isso que as vezes s pessoas me olham meio torto, né?! Será que pensam, ah, ninguém é tão bonzinho assim... Será também que sou tão boazinha assim? Tá, nem tanto assim, não penso bem de todo mundo e nem gosto de todo mundo, ufa, tava me sentindo uma tapada já...
Brincadeiras à parte, acho que um dos meus defeitos é que eu creio, eu creio até que me fodo. Putz, bem isso, eu prefiro acreditar no outro, e mesmo quando já deu merda, eu ainda pergunto, ah, será mesmo? 
Então, é isso, me vejo crendo, vou seguindo e crendo,  acho que no fundo é porque eu olho além, olho no fundo, por trás de tudo, eu sei que existe, uma coisa divina dentro de cada um de nós, uma parte santa, que um dia todos nós descobriremos (claro que eu também, afinal, não sou tão boazinha assim...) existe em todos, uma parte divina, que vai crescendo e crescendo, até que um dia se torne tudo e quem sabe neste dia o mundo vai ser um lugar melhor...
Por enquanto eu vou seguindo assim, com olhos de criança, seguindo e vendo um mundo colorido, vou seguindo, brincando com a vida, rindo de mim mesma, inocente, sim, vou seguindo e acreditando, que existe um melhor de cada um de nós, que só basta ser descoberto.


Nenhum comentário: